quinta-feira, janeiro 08, 2009


Ecos da Assembleia Municipal - Desporto em Ponte de Lima

À semelhança do que fez com a educação, o PSD levou a discussão em plenário a área do desporto. Para tal apresentou uma proposta que visava comprometer o Município em diversos pontos.
O desporto foi, durante largos anos, o parente pobre da actividade Municipal. Desde o investimento maciço em campos de futebol de 11 disseminados pelo concelho, a construção do Pavilhão Municipal e Piscina Municipal, ainda na década de oitenta, pouco foi realizado na década seguinte, aquela que coincidiu com a ascensão de Daniel Campelo, primeiro à condição de Vereador do desporto e, posteriormente, à presidência da câmara. O único e grande investimento realizado foi a construção do Clube Náutico, instalações que foram determinantes no crescimento do clube e que o ajudaram a tornar-se naquilo que hoje é e significa para o concelho: o maior e melhor clube nacional de canoagem!
Certo é que o novo milénio trouxe uma nova postura municipal relativamente ao desporto local: construção de polidesportivos nas freguesias, pavilhões gimnodesportivos desconcentrados, Piscina em Freixo, Relvados sintéticos, ampliação do Pavilhão Municipal. Estas infraestruturas vieram dar outro tipo de condições ao desenvolvimento desportivo local, cujos resultados, inevitavelmente, surgirão dentro de alguns anos.
Por isso, no tom proposto, parece que a proposta vem a destempo, ou seja, é apresentada no momento em que o investimento no desporto é mais elevado no concelho.
Contudo, não deve ser menosprezada. Ainda muito há a fazer pelo desporto em Ponte de Lima, devendo ser ponderada a construção de um complexo desportivo, que integre várias valências, designadamente o futebol e atletismo, concentrando infraestruturas dispersas, que dificultam o trabalho dos clubes, sendo evidente que o Campo do Cruzeiro é uma infraestrutura a prazo, que não sobreviverá por muitos mais anos naquele local com aqueles fins. Da mesma forma, concordamos com a necessidade de uma estrutura técnica na autarquia, capaz de gerir os espaços e a política de desporto municipal, apoiando as associações e os clubes.
Para culminar esta abordagem ao desporto, deixamos alguns pontos que poderiam integrar um programa eleitoral, e que ajudariam a resolver problemas que afligem os dirigentes desportivos locais:

1. Procurar uma solução que permita o desassoreamento do Rio Lima, na zona de treinos dos atletas do Clube Náutico de Ponte de Lima, garantindo melhores condições de trabalho, o desenvolvimento das capacidades físicas e técnicas dos atletas e evitando lesões desnecessárias;

2. Lutar para que seja construída em Ponte de Lima uma pista de canoagem. O projecto de construção dessa infraestrutura em Ponte da Barca, objecto de candidatura ao Polis da Orla Litoral, é uma machadada no clube do distrito com mais títulos nacionais, com mais atletas internacionais e o único com condições para ter um atleta nos Jogos Olímpicos de Londres. A pista é o melhor prémio para quem tanto tem trabalhado e tantos resultados tem obtido;

3. O Pavilhão Multiusos não permite que nele se levem a cabo espectáculos desportivos. Não se compreende que uma infraestrutura cara, de manutenção pesada, que vai permanecer fechada uma parte significativa do ano, não tenha a polivalência necessária para acolher espectáculos e treinos de ginástica rítmica e desportiva, esgrima, judo, karaté, luta livre e greco-romana, esgrima, basquetebol, andebol, voleibol, ténis, ténis de mesa, badmington ou halterofilismo, entre outras, permitindo o aparecimento e o desenvolvimento de novas modalidades no concelho, ao mesmo tempo que garantiria uma ocupação permanente do espaço e o retorno do investimento em proveito dos cidadãos limianos.

4. Complexo desportivo, com campos de futebol de 11 e de 7, pista de atletismo e infraestruturas para as restantes especialidades desta modalidade, possibilidade de albergar outros desportos, como o tiro com arco, hóquei em campo ou raguebi, capaz de concentrar as actividades dos clubes e promover o desenvolvimento dos seus atletas.

5. Criar uma estrutura técnica de apoio ao desenvolvimento do desporto no concelho, gestão das infraestruturas municipais, formação a dirigentes e técnicos, apoio na organização de eventos, etc.