terça-feira, janeiro 20, 2009

As Fragilidades e os Desafios de Ponte de Lima?

A dignidade da pessoa humana e o que falta em Ponte de Lima


O PSD de Ponte de Lima emitiu um comunicado com o título em epígrafe que tomamos a liberdade de transcrever na íntegra:


Ponte de Lima merece melhor. Por isso, participemos! Juntos por Ponte de Lima a participar!
Ponte de Lima é um concelho com 51 freguesias, com cerca de 45 mil habitantes, gerando riqueza ao nível da agricultura, comércio e serviços, localizada estrategicamente no centro do Alto Minho. Nesse sentido, justifica-se um maior desenvolvimento. Há valores dos quais não abdicamos; esta é a nossa linha de rumo. O nosso rumo é o do serviço efectivo às pessoas, ao bem comum, numa cidadania participada e envolvente, em prol da proximidade e da representatividade efectiva dos cidadãos com os “servidores” no poder, em cabal igualdade de tratamento e de liberdade e coerência democráticas. É por isso e para isso que trabalhamos.
A actual gestão camarária justifica a elevada taxa de desemprego com a conjuntura nacional e internacional. Mas não terá o orçamento do queijo contribuído, para além de uma imagem negativa de oportunismo político, para o desequilíbrio das nossas contas públicas nacionais? Afinal, que ganhámos nós com este negócio? Pouco ou mesmo nada; aliás, com aquela postura perdemos ainda mais postos de trabalho, que hoje fazem tanta falta ao concelho. Já agora, que é feito da prometida nova fábrica do queijo…? Que apoio é dado às pequenas e médias empresas e respectivos empresários? Que apoio é dado aos comerciantes? Que apoio é dado à nossa agricultura e respectivos agricultores?
Em Ponte de Lima, falta emprego. Lembram-se do IKEA? No mesmo dia em que era inaugurado em Ponte de Lima o Festival Internacional de Jardins, em Paços de Ferreira era inaugurado o IKEA, empresa líder no seu sector, que criou 550 postos de trabalho directos, e que a Câmara Municipal de Ponte de Lima não conseguiu fixar no concelho. Lembram-se do projecto COBRA-BRASIL? Ainda se encontra na página de candidatura de Daniel Campelo de 2005, com o investimento previsto de 120 milhões de euros para cerca de 800 postos de trabalho, onde está? Lamentámos que Ponte de Lima continue a perder terreno relativamente a outros concelhos do distrito na captação de indústria e na dinamização empresarial, por ficar eternamente presa a projectos megalómanos, que não se concretizam.
Em Ponte de Lima, faltam agrupamentos e autonomia das freguesias. Porque não promover a autonomia das freguesias e da democracia, com a realização de um Orçamento Participado, cuja auscultação das pessoas das 51 freguesias fosse real.
Em Ponte de Lima, falta apoio económico e social: falta maior apoio social e empresarial, com gabinete do empresário, através da parceria com o Ensino Superior, diminuição de taxas das nossas empresas e captação do investimento credível para os nossos parques industriais, com externalidades positivas, associadas às novas tecnologias, com desenvolvimento eólico, bem como com as Instituições de Apoio Social, com as Paróquias e as Juntas de Freguesia, com a finalidade de se pôr cobro às cada vez maiores bolsas de pobreza existentes no concelho.
Em Ponte de Lima, falta urbanismo de qualidade, designadamente, com construções que não coloquem em causa o equilíbrio do ordenamento, vias públicas que não dificultem o trânsito, com parques infantis, e espaços verdes e desportivos para as pessoas, cujas partes sobrantes deverão ser valorizadas.
Essencialmente, em Ponte de Lima, falta um Plano de Desenvolvimento Estratégico de Médio/Longo prazo, que seja apartidário, com modernização administrativa e que vá de encontro à auscultação das necessidades efectivas das pessoas das freguesias, baseada na informação e formação da dignidade da pessoa humana (Educação/Saúde/Bem-Estar Social e Familiar).
Em Ponte de Lima, na verdade, falta, sobretudo, tratar as pessoas como pessoas. O exercício de cargos públicos é isso mesmo, do povo, pelo povo e para o povo, é, numa palavra, serviço!
É por tudo isto que estamos aqui: para as pessoas e pelas pessoas. Por um concelho dinâmico, solidário, com esperança e sem medo do futuro!