quinta-feira, abril 26, 2007


Os efeitos das eleições do PP em Ponte de Lima

Viana do Castelo foi o único distrito de Portugal onde venceu Ribeiro e Castro, nas eleições para a liderança do CDS/PP, onde Paulo Portas obteve quase 75% dos votos, uma vitória esmagadora. No contexto do nosso distrito, no entanto, Ribeiro e Castro só venceu em Ponte de Lima. A este facto, não é alheio o grande envolvimento e empenho de Daniel Campelo, da máquina camarária personificada no Vereador Gaspar Martins e dos autarcas do partido que dominam a maioria das 51 freguesias do concelho. E foi precisamente o resultado de Ponte de Lima, o concelho com mais militantes do distrito, que fez pender a balança para Ribeiro e Castro no Alto Minho.
Dos resultados extraem-se as seguintes conclusões:
1. O envolvimento de Daniel Campelo foi notório e empenhado. Venceu no seu concelho e distrito, mas foi copiosamente derrotado em termos nacionais. Vai mesmo ter que partir para a "reconquista cristã", como oportunamente o referiu;
2. O confronto Daniel Campelo (por Ribeiro e Castro) com Abel Baptista (por Paulo Portas) foi desigual, tendo em conta os meios disponíveis pelas duas partes.
3. À luz desta realidade, o resultado de Paulo Portas em Ponte de Lima está acima de algumas expectativas , pois a desproporção de meios e empenho generalizado da máquina autárquica faziam antever um desnível maior;
4. Abel Baptista, na nossa opinião, saiu airosamente com este resultado, perante adversários que pretendiam "esmagá-lo" na sua terra e, quem sabe, nasceu a 21 de Abril de 2007, uma alternativa credível e forte ao "reinado" de Daniel Campelo que, agora e até 2009, vai dividir a sua energia entre Ponte de Lima e a fraticida guerra da reconquista cristã, lá para os lados de Lisboa.
5. Serão interessantes as cenas dos próximos capítulos, com o posicionamento de ambas as partes pela concelhia de Ponte de Lima e distrital de Viana do Castelo. Tal como o fizeram antes do início da nacionalidade, os cristãos vão iniciar a reconquista bem a Norte. No entanto, desta feita, os Mouros não se conseguem distinguir claramente dos nativos e presume-se que estejam bem infiltrados e imperceptíveis, podendo constituir um forte obstáculo a tão "nobre" tarefa.