quarta-feira, março 11, 2009

Figuras Limianas


Tendo em conta o debate que se gerou em torno da obra "Figuras Limianas", pelo seu interesse e contributo para o conhecimento das figuras que honraram Ponte de Lima, tomamos a liberdade de transcrever algumas das mensagens que recebemos.
Como nota prévia, gostaríamos de deixar bem expresso o nosso reconhecimento relativamente à qualidade da obra, dos articulistas e da coordenação. Também ficou bem claro que nunca foi pretensão do seu Coordenador fazer um levantamento exaustivo de todas as figuras limianas, tratando-se de uma recolha daquelas que, na sua opinião, mais se tinham destacado. Tem, portanto, uma abordagem pessoal, que deve ser respeitada e um fio condutor que nos parece inegável, designadamente a obra publicada ou publicamente reconhecida.

Foi também sublinhado que uma obra deste tipo não pode ter início nem fim, estando por isso em constante actualização. Deve ser esse o sentido do debate que se gerou e ao qual queremos dar a maior expressão possível, em nome do engrandecimento de Ponte de Lima, eixo central dos objectivos deste espaço. A monumental obra "Figuras Limianas" é também um extraordinário ponto de partida para alargar o campo da investigação sobre esta terra, abrindo pistas fantásticas para o aprofundamento do conhecimento de personalidades e instituições de Ponte de Lima.



Concordo com tudo aquilo que escreveu sobre o lançamento deste livro,ainda bem que chamam de figuras limianas, pois de filhos da terra faltam muitos, tanto ou mais ilustres doque alguns daqueles aqui biografados. Vou citar algumas personalidades (séc. XX)que foram ignoradas nesta obra, quiça pela sua forma de pensar,.O Américo Carneiro, ilustre prof. de Português e Latim; Joaquim Manuel de Lima, o famoso ''santeiro'' entalhador que se notabilizou em Lisboa, António Amorim (António Baldrufa), publicista e politico exilado no Brasil, António Mimoso (da Casa de Sá), Aníbal Marinho, publicista e poeta, Adelino Sampaio, António Morgado Morais, José Valente Fiúza, David da Rocha Braga, jornalista e poeta, Diogo Peixoto de Oliveira, Maestro, Joaquim de Azevedo Medeiros Lima, etc, e tantos outros que podiam ser enumerados noutros séculos.

António da Ponte Silva e Lima



Parece-me que esta obra não tinha a pretensão de abarcar todas as figuras limianas. Na minha modesta opinião, muitas foram as que não foram objecto de atenção, designadamente as dezenas que tiveram um papel importantíssimo no associativismo local. Uma obra deste tipo nunca ficará fechada. Mas o debate será muito interessante...

João Carlos Gonçalves



(...) não pondo em causa o excelente trabalho feito, que a escolha recai mais na "classe" e na família que outra coisa. Se fizermos uma contabilização dos retratados chegaremos à conclusão que, embora aparecem muitas figuras, existem poucas famílias retratadas. Na verdade a maior parte dos retratados são irmãos, primos, familiares ou descendentes, o que não se compreende quando outros ficaram de fora.Se deixaram de fora outros por que não os da mesma família optando por retratar o mais importante desta.Com isto, este livro parece mais uma demonstração vaidosa de famílias "bem" que actualmente até já pouca ou nenhuma relação têm com Ponte de Lima.



(...) continuo a não perceber os critérios de exclusão. Já repararam que a maior parte dos retratados são parentes, primos, irmãos, filhos... A deixar de fora porque não deixar os que são da mesma família apenas figurando os mais importantes? Pires Trigo tem razão quando diz que "Deixar uma referência no túmulo seja no Brasil ou na Índia parece-me de pouco significado." neste livro parece que desde que se tenha o apelido x ou y e tenha escrito algum livro ou tenha sido quadro do Estado já tem direito a figurar no livro.Tantos e tantas que fizeram Ponte de Lima e ficaram de fora.

José Carlos Lima