CARDEAL SARAIVA
Dom Frei Francisco de São Luís Saraiva (Ponte de Lima, 26 de Janeiro de 1766 - Lisboa, 7 de Maio de 1845), mais conhecido como o Cardeal Saraiva, foi o oitavo Patriarca de Lisboa.
Nascido Francisco Manuel Justiniano Saraiva, entrou para o Mosteiro de São Martinho de Tibães, da Ordem de São Bento, em 6 de Abril de 1780, com apenas 14 anos, alterando o seu nome para Francisco de São Luís Saraiva. Professou em 28 de Janeiro de 1782; saiu de Tibães para o Mosteiro de Santo André de Rendufe e daí para a Faculdade de Teologia da Universidade de Coimbra, onde se licenciou em 3 de Julho de 1792, tendo-se tornado aí professor, e sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa.
Fora entretanto ordenado padre em 7 de Março de 1789. Adepto dos ideais liberais, tornou-se mação (adoptando o pseudónimo de Condorcet); não obstante, viria a combater o invasor francês, entre 1808 e 1810. Anos mais tarde, faria parte da associação secreta portuense Sinédrio, que tinha por objectivo a restauração e regresso do governo do Rei D. João VI, ao tempo no Brasil, o fim da governação dirigida pelos ingleses e a instauração de um regime constitucional, tendo sido um dos membros da Junta Provisional do Supremo Governo do Reino, saída da revolução liberal do Porto de 24 de Agosto de 1820 e, depois, do Conselho de Regência nomeado pelas Cortes Constituintes em 26 de Janeiro de 1821.
Em 19 de Abril de 1822, foi nomeado bispo de Coimbra; entretanto fora também designado reitor da Universidade daquela cidade e deputado às Cortes (1823). Resignou ao episcopado em 30 de Abril de 1824.
Em 1826, com a aprovação da Carta Constitucional de 1826, tornou-se Presidente da Câmara dos Deputados. Com a restauração miguelista em 1828, desterrou-se para o mosteiro da Serra de Ossa, de onde só saiu após a entrada das tropas liberais na cidade de Lisboa, a 24 de Junho de 1833.
Após a guerra civil de 1832-1834 - na sequência da qual foram retirados inúmeros privilégios à Igreja - foi parte activa no processo de reatamento das relações diplomáticas entre o governo de Lisboa e a Santa Sé.
O governo liberal, então chefiado por Pedro de Sousa Holstein (então Marquês de Palmela), convidou-o a integrar o gabinete, como Ministro do Reino, cargo que desempenhou entre 24 de Setembro de 1834 e 16 de Fevereiro de 1835.
Em 1840, por pressão de D. Maria II, foi feito Patriarca de Lisboa, título em que foi confirmado em 3 de Abril de 1843. Mais tarde nesse ano, em 19 de Junho de 1843, o Papa Gregório XVI elevou-o ao cardinalato (no vigésimo primeiro consistório do seu pontificado), sem que, contudo, jamais tivesse recebido pessoalmente o título e o barrete cardinalício.
Nascido Francisco Manuel Justiniano Saraiva, entrou para o Mosteiro de São Martinho de Tibães, da Ordem de São Bento, em 6 de Abril de 1780, com apenas 14 anos, alterando o seu nome para Francisco de São Luís Saraiva. Professou em 28 de Janeiro de 1782; saiu de Tibães para o Mosteiro de Santo André de Rendufe e daí para a Faculdade de Teologia da Universidade de Coimbra, onde se licenciou em 3 de Julho de 1792, tendo-se tornado aí professor, e sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa.
Fora entretanto ordenado padre em 7 de Março de 1789. Adepto dos ideais liberais, tornou-se mação (adoptando o pseudónimo de Condorcet); não obstante, viria a combater o invasor francês, entre 1808 e 1810. Anos mais tarde, faria parte da associação secreta portuense Sinédrio, que tinha por objectivo a restauração e regresso do governo do Rei D. João VI, ao tempo no Brasil, o fim da governação dirigida pelos ingleses e a instauração de um regime constitucional, tendo sido um dos membros da Junta Provisional do Supremo Governo do Reino, saída da revolução liberal do Porto de 24 de Agosto de 1820 e, depois, do Conselho de Regência nomeado pelas Cortes Constituintes em 26 de Janeiro de 1821.
Em 19 de Abril de 1822, foi nomeado bispo de Coimbra; entretanto fora também designado reitor da Universidade daquela cidade e deputado às Cortes (1823). Resignou ao episcopado em 30 de Abril de 1824.
Em 1826, com a aprovação da Carta Constitucional de 1826, tornou-se Presidente da Câmara dos Deputados. Com a restauração miguelista em 1828, desterrou-se para o mosteiro da Serra de Ossa, de onde só saiu após a entrada das tropas liberais na cidade de Lisboa, a 24 de Junho de 1833.
Após a guerra civil de 1832-1834 - na sequência da qual foram retirados inúmeros privilégios à Igreja - foi parte activa no processo de reatamento das relações diplomáticas entre o governo de Lisboa e a Santa Sé.
O governo liberal, então chefiado por Pedro de Sousa Holstein (então Marquês de Palmela), convidou-o a integrar o gabinete, como Ministro do Reino, cargo que desempenhou entre 24 de Setembro de 1834 e 16 de Fevereiro de 1835.
Em 1840, por pressão de D. Maria II, foi feito Patriarca de Lisboa, título em que foi confirmado em 3 de Abril de 1843. Mais tarde nesse ano, em 19 de Junho de 1843, o Papa Gregório XVI elevou-o ao cardinalato (no vigésimo primeiro consistório do seu pontificado), sem que, contudo, jamais tivesse recebido pessoalmente o título e o barrete cardinalício.
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