Ainda a obra "Ponte de Lima uma vila histórica do Minho" (I)
Muito se tem já dito e escrito sobre esta obra. A monumentalidade do volume, as novas abordagens de temas velhos e inovadores, o reduzido tempo para colocar em pé este grande projecto, a selecção das personalidades que iriam escrever os textos, o rigor histórico, tudo tem servido para fomentar uma acesa e interessante discussão sobre esta questão.
Aqui deixamos o nosso contributo:
1. A monumentalidade desta obra, inserida num conjunto de cinco, e não quatro como estava inicialmente previsto, não está em causa com a discussão gerada em torno da mesma. Quatrocentas páginas que trazem à luz do dia, aos escaparates, às bibliotecas, às escolas e aos lares a história desta nossa terra desde o período pré-medieval, escrita por pessoas qualificadas, coordenadas pelo Professor Brochado de Almeida, que conhece muito bem o concelho, profusamente ilustrada e que transporta para a luz do dia uma parte importante das conclusões dos trabalhos de arqueologia realizados no concelho e na sua sede nos últimos anos, só pode ter a "decorá-la" este adjectivo.
2. As pressas são inimigas da perfeição. Os sete meses de que o coordenador dispôs para colocar em pé este projecto são manifestamente insuficientes para que, o produto final, esteja isento de imprecisões.
3. A escolha da equipa que abordou os diversos temas é fortemente subjectiva e da responsabilidade exclusiva do coordenador. Mas essa é a função do coordenador e os critérios foram claramente explicados: pessoas jovens, de fora do concelho mas que sobre ele tivessem um conhecimento suficiente para abordar as diversas matérias, com preparação e formação científica, que ainda não tivessem nada publicado sobre as temáticas em apreço. A questão dos laços familiares do coordenador com alguns dos elementos da equipa, embora possa ser objecto de interpretações diversas, é lateral relativamente aos critérios definidos.