Queijo! Qual queijo?
O Expresso da semana passada, publica uma entrevista ao Presidente do Município limiano, Daniel Campelo, com chamada de primeira página a fazer lembrar os seus tempos de deputado, pois é apelidado de "Deputado do Queijo". Já na semana passado tinha ficado um tudo ou nada perturbado quando, num jogo de basquetebol feminino, ouvi acusações ao árbitro da partida, proferidas pelos adeptos da equipa visitante, dizendo que aquele "teria recebido queijos" da equipa local.
Não sei que mal fez Ponte de Lima ao país e ao mundo para ser conhecido como terra do queijo, sendo que este queijo deve ser de muito má qualidade, tal a acidez com que é proferida ou escrita a palavra. "Terra do queijo", "Deputado do queijo", queijo para a esquerda e para a direita, queijo por tudo e por nada, são expressões tão injustas quanto enganosas.
Injustas porque em Ponte de Lima não há queijo, ou melhor, em Ponte de Lima não se fabrica queijo. Houve, em tempos, mas agora é produzido em Vale de Cambra. Enganosas porque, apesar de ser um objectivos de Daniel Campelo ao aprovar o Orçamento de Estado, garantir a instalação de uma nova fábrica de queijo, tal nunca veio a ser concretizado, gorando as expectativas de muita gente.
E, de repente, mercê da sua atitude, perdeu-se Queijo Limiano, o Centro de Distribuição (ficaria em Ponte de Lima caso Daniel Campelo se dispusesse a negociar com a Lacto Ibérica, e a nova fábrica que já tinha investidor e localização na Gemieira).
Ironia do destino, perdemos tudo, apenas ficamos com o nome. E a fama!