A Paz pós-eleitoral
Quando seria de esperar alguma agitação pós eleitoral, uns vangloriando-se pelos bons resultados obtidos, outros assumindo as consequências das derrotas sofridas, eis que tivemos uma semana muito tranquila em Ponte de Lima.
Parece que os vencedores já esperavam tal resultado e decidiram continuar, calmamente, o seu trabalho e, por outro lado, os vencidos acharam que o resultado, mesmo assim, é meritório e então vão continuar o seu caminho, procurando preparar o futuro e a recuperação dos resultados, e prestígio, perdidos.
Os dias que se seguiram às eleições serviram também para o arranque de uma nova obra, que obviamente não poderia ter início antes, tendo em conta a previsível má recepção que teria junto do comércio local. Trata-se da nova média superfície que vai ser instalada na freguesia da Ribeira, bem às portas de Ponte de Lima, mais um grande desafio para o debilitado comércio local. Parece que, como o diz com toda a propriedade o ditado popular, "não há fome que não dê fartura". De nenhuma e de uma firme vontade em evitar a instalação de médias e grandes superfícies, abriram-se as portas já a duas e é público que não ficaremos por aqui. Como se pode mudar tão rapidamente de opinião e de estratégia? A pergunta, obviamente, vai direitinha para os Paços do Concelho e para a Associação Empresarial. O comércio, o pequeno comércio limiano, definha cada dia que passa, sem novas perspectivas de futuro. E o que fazem os responsáveis locais é ajudar a encontrar meios para o sepultar definitivamente, com as médias superfícies e com o licenciamento de mais e mais espaços comerciais em cada bloco de apartamentos que é construído.