quinta-feira, janeiro 29, 2004

PORQUE NÃO ARCOZELO A VILA?
(continuação)

O Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima não vê vantagens em “tornar uma vila cidade e uma freguesia em vila”, não parecendo muito agradado com a ideia do grupo parlamentar do Partido Comunista, embora “não veja nela inconvenientes”. Será bom recordar que a vila de Ponte de Lima se negou a ser cidade, por entender que “mais vale ser uma vila de primeira do que uma cidade de segunda”, opinião emitida pelo Presidente da Câmara Municipal. Embora a opinião fosse emitida pelo representante do concelho e não da vila de Ponte de Lima, que seria o presidente da junta respectivo, trata-se evidentemente de uma decisão do foro emocional, que mais conteúdo não tinha do que o reforço do orgulho dos limianos, sobretudo no seu passado – a vila mais antiga de Portugal, de acordo com o slogan municipal, e na qualidade de uma vila que se distingue no meio de tantas outras, em detrimento de uma cidade que naturalmente se diluiria no meio de muitas outras com maior dimensão e projecção.
O que parece estar errado em todo este processo é a argumentação utilizada pelo Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, pois foi precisamente a mesma que eximiu para recusar a elevação de Ponte de Lima a cidade, quando as situações são diametralmente diferentes, tanto ao nível dos contextos, como das dimensões e da expressão da própria mudança. Quem defendeu Ponte de Lima como uma vila de primeira deve também, com a mesma força, em nome do orgulho das suas populações e dos próprios responsáveis políticos que concordam com a iniciativa, defender a elevação de Arcozelo, pela legitimidade do “outro lado do rio”, fortemente urbanizado e requalificado, a freguesia mais populosa do concelho com força económica e social que, com toda a certeza nunca será uma vila de segunda e poderá ajudar, senão mesmo forçar Ponte de Lima a ser ainda melhor. Embora as vantagens físicas ou materiais da elevação de Arcozelo a vila não existam de facto, existe um aspecto emocional que não pode nem deve ser descurado, e um desafio para a própria vila de Ponte de Lima que não deve ser minimizado.

terça-feira, janeiro 27, 2004

PORQUE NÃO ARCOZELO A VILA?

O grupo parlamentar do Partido Comunista apresentou na Assembleia da República um Projecto-Lei para elevação da freguesia de Arcozelo, do concelho de Ponte de Lima, a vila. A pretensão foi justificada por razões de ordem histórica, demográfica – Arcozelo conta já com 5200 habitantes sendo a freguesia mais populosa do concelho e a que mais alta taxa de crescimento teve no século passado, a sua pujante actividade económica, assente na indústria extractiva e transformadora de granitos e no comércio, e um conjunto alargado de equipamentos que dão resposta aos requisitos da Lei nº 11/82. No entanto, a principal razão que sustenta esta iniciativa e este velho anseio não dá resposta a requisitos legais. É com toda a certeza a aspiração da sua população a procurar mais e melhor, em encontrar na elevação a vila um estímulo, um factor motivacional que catapulte Arcozelo e os arcozelenses para um futuro mais próspero. Mais do que uma decisão política ou estratégica, esta é sobretudo uma decisão emocional que visa exaltar o orgulho e reforçar a auto-estima dos arcozelenses.
(CONTINUA)

segunda-feira, janeiro 26, 2004

A Direcção da Associação desportiva "Os Limianos" veio a terreiro afirmar que não existiram agressões ao árbitro do jogo Limianos-Melgacence, depois do relatório do árbitro ter afirmado o contrário. Mais polémica em cima da polémica já antes relatada e comentada neste espaço, mas que não deixa de pertinência e actualidade.
A revista BIKE, especializada em assuntos ligados ao BTT, publicou na sua edição de Janeiro uma ampla reportagem sobre a Descida ao Sarrabulho, organizada pelos Batotas - Clube de Desportos Radicais de Ponte de Lima e uma outra sobre o próprio clube. Aqui está uma boa forma de promoção de Ponte de Lima, das suas potencialidades naturais e dos seus produtos regionais. A não perder.

quarta-feira, janeiro 21, 2004

Os meios não justificam os fins!

Pelas piores razões, "Os Limianos" foram mais uma vez notícia. Não é nada benéfico para o orgulho limiano, nem para a tão desejada recuperação económica do clube, que surjam em toda a imprensa notícias de incidentes, agressões e danos causados em viaturas de árbitros associadas ao nosso clube. Por muito fortes que sejam as razões dos adeptos, dirigentes, equipa técnica e jogadores, por muito grande que seja a indignação e revolta, nada justifica que se chegue à agressão física para tentar ultrapassar ou dar visibilidade ao problema. Esta é a única via que nunca deverá ser utilizada. São maiores, muito maiores, os problemas que se criam do que as vias de resolução que se abrem.
O objectivo de "Os Limianos" é a recuperação económica do clube, a recuperação da imagem de um dos maiores clubes do distrito, a reconquista da confiança dos adeptos e do mundo do futebol, a formação de jogadores e aposta nos jovens limianos. Este é o objectivo e dele nunca o clube se deve afastar. os resultados desportivos, sempre importantes e valorizados, estão em segundo plano.
Tudos estes desígnios só podem ser alcançados com dignidade, fair-play, saber-estar e muita luta, perseverança e, sobretudo, paciência. Foi precisamente o que faltou e tudo o que se perdeu no passado domingo e noutra ocasião em que também houve incidentes, vai custar muito e levar muito tempo a reconquistar.
Que sirva de exemplo...

Minhonews;
A ludoteca que já não é...
A antiga escola primária de Ponte de Lima, belo edifício situado na Avenida António Feijó, foi recuperado para albergar uma ludoteca, estrutura destinada às crianças do concelho, que funcionaria em articulação com as escolas, servindo-lhes também como centro de recursos.
Após a conclusão da obra, tem-se verificado que os seus objectivos iniciais estão a ser desvirtuados e, parecendo que o projecto da ludoteca estará definitivamenmte abandonado. No espaço estão já instalados o Projecto de Prevenção Primária das Toxicodependências, a Casa de Iniciativa Local e, mais recentemente, o Espaço Internet.
Será que as opções e as decisões da Cãmara Municipal devem ser, como são, arbitrárias? Não seria mais correcto anunciar pelo menos as mudanças de planos, já que era dado como adquirido que Ponte de Lima ia ter uma ludoteca municipal?

terça-feira, janeiro 20, 2004

Ainda não consegui entender o objectivo daquele edifício - de estética duvidosa - que está a ser construído junto ao novo Arquivo Municipal. O que sabemos é que a santa Casa da Misericórida vendeu aqueles terrenos à autarquia para a reconstituição do escadório que ligava o Largo da Lapa à zona ribeirinha da vila.

quarta-feira, janeiro 14, 2004


O Cartoon de António, publicado no Expresso de sábado passado, é chocante.

terça-feira, janeiro 13, 2004

VOTOS PARA 2004
(continuação)


Para o Alto Minho:

- Que o Minho inteiro se une em torno do Pacto para o Desenvolvimento do Minho, sob os auspícios da Universidade do Minho;

- Que o Alto Minho converja no sentido de uma só Comunidade Urbana;

- Que os investimentos na região cresçam;

- Que os níveis de empregabilidade sejam cada vez mais elevados;

- Que o IC1 avance, ultrapassando polémicas, aproveitamentos políticos e as questões ambientais, para benefício de toda a região e dos largos milhares de pessoas que, em pleno séc. XXI ainda têm que atravessar a maior cidade do distrito para chegarem do Porto à fronteira de Valença;

- Que seja garantida a continuação do IC1 até Valença e uma ligação rápida de Pardes de Coura à auto-estrada A3;

- Que o distrito de Viana do Castelo deixe de ser palco de lutas político-partidárias quando está em causa o seu desenvolvimento e a convergência com outras regiões do País, e que se constitua como um espaço de confluência de ideias e energias para um objectivo comum;

- Que exista mais sensibilidade para o ambiente, a grande riqueza do Alto Minho, que devemos a todo o custo preservar;

- Que exista discriminação positiva para os Alto Minho, no que diz respeito à possibilidade de implementação de portagens no IC1 e IP9.



Um bom e próspero ano para todos.

segunda-feira, janeiro 12, 2004

VOTOS PARA 2004

O arranque de um novo ano marca o renovar das esperanças e energias para enfrentar os desafios que se nos apresentam pela frente. O simbolismo das uvas passas atravessa nesse momento toda a sociedade, sendo o instante em que são formulados os votos para o ano que começa. Sem qualquer pretensiosismo, antes numa perspectiva de contribuir para a construção de um futuro melhor e mais próspero para o nosso país e para a nossa região, vou aqui enumerar aqueles que sãos os meus votos para 2004 em três grandes frentes: o Mundo, o País, o Alto Minho. Lamento o facto das doze passas não serem suficientes para tantos desejos. Fica a consciência mas também a consolação de que se não forem todos cumpridos em 2004, pelo menos que 2005 traga a realização plena destes desejos, aí já legitimados por mais doze passas correspondentes a mais um novo ano.

Para o Mundo:

- Que a Paz seja mais e melhor Paz e que a guerra seja remetida a um canto da história ;

- Que a fome e a miséria possam de facto ser combatidas e consideradas como uma prioridade para trilhar verdadeiros caminhos de Paz;

- Que o ambiente, o tratamento da nossa casa comum que é o planeta Terra, seja a luz que guia as políticas de todos os líderes, em detrimento do famigerado capital que tantos prejuízos tem causado à qualidade de vida e às perspectivas de sobrevivência da própria espécie humana.

Para Portugal:

- Que a retoma económica seja uma realidade, e que tenha reflexos na confiança e na qualidade de vida dos portugueses; que traga também a clarividência e sentido de responsabilidade necessários para que outra situação como a que ainda estamos a viver não se volte a repetir;

- Que as contas públicas sejam definitivamente consolidadas, e façam com que Portugal parta para um novo ciclo de desenvolvimento (desejavelmente sustentado) e convergência com os nossos parceiros comunitários;

- Que a paz social regresse ao país e que todos, sem excepção, sejam parceiros no seu progresso;

- Que os elementos da GNR em missão no Iraque regressem a Portugal;

- Que o Euro 2004 seja um verdadeiro sucesso e que a selecção nacional tenha uma participação coroada de êxito;

- Que Portugal ganhe uma ou mais medalhas nos Jogos Olímpicos de Atenas;

- Que as polémicas em torno da arbitragem do futebol português tenham o seu epílogo, em nome do espectáculo e da verdade desportiva;

(continua)

sexta-feira, janeiro 09, 2004

BONS VENTOS?

O pólo industrial da Gemieira está a meio gás (estou a ser benévolo), mas na Assembleia Municipal de Dezembro, o Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima anunciou novos e grandes investimentos prestes a serem concretizados, e que farão com que Ponte de Lima "não tenha capacidade de resposta ao nível da mão-de-obra necessária. Para que conste e sejam lembrados no futuro, são os seguintes:
1. Fábrica de Fornelos (recentemente desactivada) vai ser novamente ocupada, desta vez pela empresa Dalphi Metal, que possui também uma unidade no pólo da Gemieira;
2. Quatro empresas norte-americanas estão à espera (há mais de um ano) da apreciação e aprovação dos projectos de investimento e apoios por parte do ICEP e API, para se instalarem em Ponte de Lima;
3. Está em vias de ser fechado um acordo com uma empresa da área tecnológica (informática) que empregará mais de 150 técnicos, a maior parte deles engenheiros;
4. Está fechado um contrato para instação de uma unidade industrial no pólo da Queijada que brevemente começará a ser construído.

Para aqueles que queiram investir em Ponte de Lima a Câmara Municipal poderá conceder facilidades ao nível dos terrenos e pagamentos (não cobra taxas), além das condições naturais e construídas do concelho, onde se contam a mão-de-obra e as acessibilidades.

quinta-feira, janeiro 08, 2004

QUEIXAS

As queixas relativas à EDP adensam-se em Ponte de Lima e, julgo eu, um pouco por toda a parte. São os atrasos nos diversos serviços,é a iluminação pública, é a capacidade de resposta. Para quem se está a preparar para a liberalização do mercado do sector eléctico, os indícios não são nada positivos.

terça-feira, janeiro 06, 2004

BOA NOTÍCIA

O Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, anunciou na Assembleia Municipal de Dezembro que a desactivada fábrica de calçado de Fornelos iria ter um novo inquilino, nada mais nada menos do que a Dalphi Metal, com uma unidade a laborar no polo industrial da Gemieira. desta forma, o Presidente da C. M. vê concretizado aquele que era o seu desejo, ou seja, ver uma nova empresa a funcionar nas instalações daquele que foi em tempos o maior empregador do concelho de Ponte de Lima. Sem dúvida, uma boa notícia a anteceder o Natal e que permitirá a criação de mais algumas dezenas de postos de trabalho em Ponte de Lima.

segunda-feira, janeiro 05, 2004

Votos

Que 2004 seja um ano positivo, que traga a concretização de muitos desejos e anseios, que traga sobretudo saúde para que possamos trabalhar em prol deles.

A época festiva esteve bastante iluminada e decorada em Ponte de Lima. A ideia de potenciar a original iluminação do Largo de Camões e Passeio 25 de Abril, instalada nas Feiras Novas, é muito positiva. Os presépios de escolas do concelho deram uma abrangência e origininalidade ainda maior ao Natal limiano. Nota negativa teve o movimento comercial. A vila, comercialmente falando, está a definhar. Dos responsáveis nem uma palavra, ou melhor, apenas os sinais do oásis que deve ser a Associação Empresarial de Ponte de Lima onde tudo parece correr bem, a julgar pelas recentes declarações do seu presidente a um órgão de comunicação local.

"Os Limianos" já negociaram e liquidaram praticamente 50% da dívida herdada. Excelente desempenho em tão poucos meses de exercícoo de funções da Comissão Administrativa comandada por Tito de Morais. No campo desportivo as coisas não andam tão bem. Mas esse não é o objectivo principal e a confiança nos jovens limianos mantém-se pois, como todos esperamos, as coisas vão melhorar em 2004.

Jacinto Fiúza, um jovem limiano que corre pela Ass. dadores de Sangue da Maia, mas que começou a sua carreira no Batotas, foi campeão regional de Cross Country (uma variante do BTT) da Associação de Ciclismo do Minho. Mais um campeão para Ponte de Lima!