quarta-feira, abril 29, 2009

TGV sem luta?


A Assembleia Municipal de Ponte de Lima aprovou a constituição de uma Comissão de Acompanhamento o processo de passagem do TGV pelo concelho de Ponte de Lima. Pode ser uma forma de mantermos o concelho dentro do processo e de procurar minimizar os nefastos efeitos que esta obra trará para Ponte de Lima. Infelizmente, a comissão será apenas constituída por elementos da maioria e Presidentes de Junta. Uma questão como esta merecia um amplo consenso, mas parece que a proximidade de eleições impede aproximações entre as forças partidárias locais.

Menos activo e interventivo está o Presidente do Município, Daniel Campelo, de quem os limianos esperavam uma defesa feroz dos interesses do concelho e da minimização dos custos do TGV. Pois as mais recentes declarações não indiciam essa postura:

"Ao menos, não nos limitávamos a ficar a ver o comboio passar. Se houvesse aqui um ponto de embarque de passageiros e/ou de mercadorias, isso aumentaria a atractividade e a competitividade do concelho".

A possibilidade (não é uma certeza, portanto sem prazos) da construção de um apeadeiro em Ponte de Lima (para o TGV ou outro tipo de comboios, se for tomada a decisão de abandonar a exclusividade da linha para a alta velocidade), foi o suficiente para Daniel Campeolo suavizar o seu discurso e, aparentemente, aceitar de bom grado as imposições da RAVE.
Trata-se de uma grande perda para os limianos, que não vêem com bons olhos o traçado proposto para o TGV nos limites do concelho. Daniel Campelo pode ter abandonado a luta, não se sabe bem a troco de quê...
Por outro lado, parece evidente a preferência de Daniel Campelo pelo traçado nascente, bem dentro da zona urbana de Ponte de Lima. O "Expresso" de 18 de Abril reproduzia declarações suas: "A nossa aposta na paisagem e no ambiente é tmbém uma aposta económica de desenvolvimento".
Apesar de terem pouco tempo, parece longínquo o sentimento de Campelo, quando afirmava que "o bem do país não pode ser construído à custa do mal do concelho".

Como referia Nuno Matos, resignou-se...