TURISTAS?
Nos idos anos de 1995, em reunião da Câmara Municipal de Ponte de Lima, alertei o executivo para a crescente degradação da nossa vila, sobretudo aos fins de semana, motivada pela escassa qualidade dos visitantes que, antes de visitarem, respeitarem, apreciarem e consumirem em Ponte de Lima, tiravam proveito do que de melhor a vila tinha para lhes oferecer, o rio, as margens a beleza natural, sem qualquer ponta de respeito. Apelidei esse fenómeno de "Turismo de Garrafão", que traz prejuízos à economia local e poucos benefícios. A mensagem foi muito mal recebida por alguns sectores do poder municipal instalado.
Hoje em dia, oito anos volvidos, e com os mesmos sectores municipais instalados, o problema continua, embora tenham sido tomadas algumas medidas para o tentar minimizar. No entanto, hoje, o que se vê não é de forma alguma agradável. Estacionamento desordenado, desorientado e nocivo para a paisagem e para o ambiente, acampamentos piratas ou pouco por toda a parte, com especial incidência nas margens do Lima, fogueiras e fogareiros um pouco indiscriminadamente pelas margens do Lima. Tudo isto se mantém, tal como existia já em 1995. Urge mudar, pensar num plano estratégico que dê dignidada a Ponte de Lima, a quem nos visita e a quem habita por estas terras, ao fim e ao cabo, aqueles que mais gostam do nosso verde, da nossa paisagem e a quem mais dói o estado das coisas.
Algumas sugestões:
1 - Impedir o acesso automóvel às margens do Rio Lima, com barreiras como as já existentes, entre a ponte da Guia e S. João;
2 - Proibir o trânsito, nos meses de Verão, entre S. João e a Ribeira;
3 - Construção de um parque de campismo em Ponte de Lima, para albergar o elevado número de campistas e proibir a prática do campismo nas outras zonas;