JUVENTUDE DIGITAL
Desde 1985 que foi instituido pela Assembleia Geral da ONU o "Dia Internacional da Juventude" e desde 1998 que esse dia se celebra a 12 de Agosto. De acordo com a Organização das Nações Unidas, são jovens aqueles que tiverem idade compreendida entre os 15 e os 24 anos. Existem no Mundo um bilião de jovens, cerca de 18% da população. Em Portugal são perto de um milhão e quatrocentos mil, mais de 14% dos portugueses. Trata-se de uma fatia significativa da população, uma faixa etária com problemas e necessidades específicas, para as quais devemos estar sensibilizados e atentos, mas também preparados para intervir, no sentido de dar resposta aos anseios e expectativas daqueles em quem depositamos a nossa esperança e a nossa ilusão. A ONU identificou como áreas prioritárias de actuação para a juventude as seguintes: Educação, Emprego, Fome e pobreza, saúde, ambiente, abuso e consumo de drogas, delinquência juvenil, ocupação de tempos livres, jovens mulheres, participação dos jovens na sociedade e nos processos de decisão. São, seguramente, temas que a todos nos preocupam, diferindo a prioridade do país para país, de continente para continente.
O tema definido pela ONU para o "Dia Internacional da Juventude" do corrente ano foi o do Emprego. Disse bem, Emprego e não desemprego. É um desafio com o qual se debatem os jovens de todo o Mundo, que representam cerca de 40% das pessoas que não têm emprego e que procuram um posto de trabalho. E é aqui que tudo se joga. É imprescindível que as novas gerações entendam que, hoje, é muito difícil conseguir um emprego estável, que muitas vezes o melhor caminho é o do empreededorismo, que a qualificação é uma trave mestra do mundo do trabalho, que o percurso de cada um é construído a partir da base, cimentado nos conhecimentos, na experiência, na formação e na capacidade individual. Quem não entender isto, estará completamente desfasado da realidade. Mas existe a outra face da moeda. O Estado tem também a responsabilidade de dinamizar a economia mantendo o equilíbrio das contas públicas, de apoiar o sector produtivo sem o condicionar e de promover o emprego. Se tal não acontecer, o avultado investimento dos Estado na educação será totalmente desperdiçado, já que os jovens depois da sua formação académica não terão acesso ao mundo do trabalho, onde pagariam impostos que, por sua vez, suportariam os serviços públicos.
Que o Dia Internacional da Juventude tenha constituído e continue a constituir um momento de reflexão sobre os problemas do jovens e sobre as perspectivas da sua resolução. Com toda a certeza que, da sua parte, contaremos sempre com a natural irreverência, mas também com a pereseverança e capacidade de corresponder aos maiores desafios.
Decorreu recentemente em Viana do Castelo mais uma Edição da "Minho Campus Party", uma iniciativa da Associação Industrial do Minho, que fez da capital do Alto Minho também a capital das novas tecnologias e da inovação. Foi um grande momento de exaltação das potencialidades do Minho no campo tecnológico e da inovação. Os mais de mil participantes no evento foram a prova disso mesmo, provenientes das mais diversas zonas do País. Passado o evento, e já a pensar no próximo, que fique sobre o Minho a auréola de região digital, onde a aposta nas novas tecnologias deve ser cada vez mais forte, potenciando todas as instituições que trabalham nesta área e aproveitando o valiosíssimo "know how" existente na universidade e politécnicos da região.