Obra do centro histórico nunca mais acaba...

A obra da marginal do Rio Lima não tem fim à vista. Depois de prolongada à Rua Inácio Perestrelo, sem concurso público e sem conhecimento do executivo (O Vereador do PS Jorge Silva solicitou, na reunião do executico de 4 de Maio esclarecimentos sobre se as obras de renovação urbanística da zona Ribeirinha também previam a inclusão da Rua Inácio Perestrelo), avançaram para a Rua Fonte da Vila e pelos vistos, pasme-se, para uma Avenida pelo areal fora, até ao monumento à lenda do Rio Lethes, que certamente colocará o exército romano na margem esquerda e Décios Junos Brutos na margem direita.

Sobre esta intervenção pronunciou-se André Flávio Rocha.

O que mais nos espanta é a desfaçatez com que se avançam com intervenções não discutidas nem aprovadas pelo executivo camarário, sem uma reacção enérgica da oposição, sem que sejam questionadas as obras, os projectos, as suas incidências e consequências para quem vive e trabalha no Centro Histórico. É uma fuga para a frente, que traduz uma estratégia, um "modus operandi", uma vontade inequívoca de fazer às escondidas aquilo que, se fosse feito com transparência poderia provocar reacções adversas. Lamentável!

Por outro lado, procura tornar irreversível, num facto consumado, a intervenção numa das zonas mais importantes, mais iconográficas, mais simbólicas de Ponte de Lima, a zona em frente ao Rio Lima na margem esquerda, a que um dia se chamou areal, que hoje não é mais do que um espaço degradado para onde são enviadas todas as viaturas que se dirigem ao Centro Histórico.

Com as intervenções até agora efectuadas ou em curso, arranjo da frente ribeirinha, avenida até ao monumento da lenda do Rio Lethes e até o arranjo da Alameda de S. João, limita-se profundamente a intervenção a fazer? no areal, a não ser que exista já algum projecto na mente ou no papel dos nossos responsáveis autárquicos, que se vai concretizando por fases, evitando assim uma discussão em que, com toda a certeza, os limianos gostariam de participar.