Pensar na justa medida da nossa dimensão
Pensar em grande não é proibido, até pode ser benéfico. Mas executar acima das possibilidades, esquecendo a dimensão do burgo pode constituir um problema sério no futuro.
De acordo com o Plano e Orçamento para 2007 do Município de Ponte de Lima, um dos grandes objectivos é a construção de um pavilhão multiusos, uma infrestrutura polifacetada capaz de albergar eventos de diversos tipos, desde os desportivos, aos culturais e recreativos.
O nosso concelho está bem servido de salas e espaços para actividades desportivas, culturais e recreativas, onde apenas é necessário introduzir alguns ajustamentos pontuais, sem a necessidade de uma estrutura de grande dimensão e preço e com uma perspectiva de ocupação reduzida. Os custos com a manutenção são enormes e julgo que as finanças locais poderão, num futuro próximo, ficar condicionadas pela manutenção do património da autarquia. Com multiusos em Guimarães, Braga (Parque de Exposições), Viana do Castelo (concurso foi lançado para o chamado Coliseu), Ponte de Lima vai entrar no grande rol de vilas e cidades com elefantes brancos que geram despesa e poucos ou nenhuns proveitos.
Por isso, não entro na discussão da localização do pavilhão multiusos. Sou, pura e simplesmente, contra a sua construção, que vai ficar cara antes e depois das obras concluídas!