quarta-feira, janeiro 31, 2007

OS ÚLTIMOS DOMINGOS GASTRONÓMICOS DA RTAM

Os "Domingos Gastronómicos" da Região de Turismo do Alto Minho têm a sua última edição em 2007. Foram apresentados na semana passada e são, na nossa opinião, a mais bem sucedida iniciativa da nossa Região de Turismo, nos seus 25 anos de existência.
Após 17 anos de presença ininterrupta no calendário turístico regional, foram sempre um pólo de atracção e animação em época baixa, um exemplo de iniciativa, cooperação e articulação entre todos os municípios participantes, sob os auspícios da RTAM.
Pena foi, que outros exemplos de bem promover a região não fossem pensados e implementados. Potencialidades existem, mas estão dispersas e são apresentadas e tratadas de uma forma desconexa.
A RTAM está a fechar as portas, para dar lugar ARTM - Agência Regional de Turismo do Minho a partir de 2008. A oferta subirá exponencialmente, com a entrada de Braga, Guimarães, Póvoa de Varzim, entre outros, e com todo o Parque Nacional da Peneda-Gerês no seu espaço. O desafio é grande e é necessário saber aproveitá-lo, sem qualquer tipo de bairrismo (que exista pela positiva), egoísmo ou desconfiança. Não podemos ver "Mouros" em qualquer canto ou esquina, arvorando-nos em falsos Defensores de uma identidade que nunca teve força nem gente capaz para a elevar.
Parece que a sede da ARTM vai ficar em Viana do Castelo, uma forma de compensar (ainda não entendemos como) a sede de distrito pela perda de vários serviços.
Ficando em Viana, tem instalações (Santiago da Barra) e um corpo alargado de funcionários (cerca de 45), o que não acontece no espaço que integra actualmente a Região de Turismo do Verde Minho. Viana será sede por mérito e por racionalização de recursos. Parece que, por aqui estamos conversados...
Para Ponte de Lima pode ficar o bocado que falta: a presidência da Agência. De facto o posicionamento do município tem sido de apoio à integração das RTAM e da RTVM, um posicionamento inteligente que pode permitir que um limiano ocupe o mais alto cargo do turismo do Minho. Fala-se em Francisco Calheiros.
O "Parar para Pensar" apoia este nome, por duas razões: em primeiro lugar pelo currículo, capacidade e peso de Francisco Calheiros, um Homem do turismo, reconhecido no País e no estrangeiro, talvez o perfil ideal para dar uma maior dimensão turística à região. Em segundo lugar, porque constituirá uma ruptura com o estilo e liderança anteriores.
O outro Francisco, o Sampaio, foi a cara do turismo no distrito que, em 25 anos, impôs mais a sua imagem de "Senhor Turismo", ultrapassando e ofuscando a própria imagem da região.
A nova ARTM deverá inverter esta lógica, potenciando o património natural e cultural, a gastronomia, o mar e a montanha, as festas e romarias, o berço da nacionalidade, os Caminhos de Santiago e o turismo religioso, a hospitalidade e uma história ímpares.