E os acessos?
Mais uma média superfície abriu em Ponte de Lima. Bom para o consumirdor, a concorrência entre estes grandes espaços comerciais estimula os preços baixos (assim o esperamos), mas é também mais uma machadada no pequeno comércio. Depois do Intermarché e do Lidl, abriu o Mini-Preço também na Feitosa, cara-a-cara com a multinacional francesa. Diz-se que não ficaremos por aqui. Da fome passamos à gula e, segundo parece, todos os que baterem à porta terão entrada garantida, falando-se do Modelo bem dentro da vila, nas traseiras do cemitério e de um outro espaço para Arcozelo.
Esta nova superfície comercial veio trazer um grande problema aquela zona. O esperado aumento do tráfego automóvel não foi pensado pelos responsáveis e técnicos autárquicos. Os acessos são vergonhosos e indiciam que vale tudo para abrir as portas aos grande grupos económicos. É com tristeza que denuncio a falta de respeito pelos moradores e pelos consumidores. Não haveria outra solução, ou esta só foi pensada à posteriori?
É demais, enche-se a periferia, atasca-se a vila sem critérios, sem planificação sem medir as consequências desta desastrosa política.
O pequeno comércio merece mais respeito, merece ,mais atenção e apoio.
Enquanto abrem grandes espaços na Ribeira, Feitosa e Arcozelo, o centro histórico está arruinado: Habitações degradadas, saída permanente de serviços (Tribunal, Cartório Notarial, Registo Predial, Centro de Saúde, Segurança Social, Abertura de novas dependências bancárias e farmácias fora daquela zona, até o encerramento do Mini-Preço na Rua General Norton de Matos se faz sentir).
Por outro lado, o Mercado Municipal morreu com o golpe de Misericórdia a ser dado pelas faraónicas obras aí realizadas, os transportes públicos não servem o centro histórico (que bom seria um circuito que ligasse a Central de Camionagem ao Centro Histórico), a limitação de estacionamento atira os consumidores para zonas com maiores facilidades.
A vila de Ponte de Lima, designadamente o Centro Histórico está doente. É necessário pensar e agir. Mas para tal é necessário que esta problemática seja eregida a prioridade política.
Só conversa, não chega...