domingo, maio 25, 2008



Terra Mãe

É este o título da exposição de artes plásticas, inaugurada no sábado dia 24 de Maio, da autoria do limiano Américo Carneiro, com a qualidade que o autor já nos habituou. Na ocasião foi editado um catálogo da exposição, complementado com apontamentos biográficos e curriculares do autor, cujo prefácio aqui reproduzimos:

Teófilo Carneiro, poeta encantado por Ponte e pelo Lima escreveu com toda a propriedade:


Pintores de Portugal, ajoelhai!
Isto é um milagre, não é cor nem tinta!
Mas, não pinteis, Pintores: orai, rezai...
Que uma beleza destas não se pinta!

Não parece ser possível transpor Ponte de Lima para uma tela, integrando a paisagem, o património, as cores, os cheiros, a aragem… a alma. Tinha razão o poeta.
Até que um limiano de gema, em cujas veias circulam as águas do Lima, resolveu escrever na tela a história da sua terra - Natal. Com Américo Carneiro e com a sua extensa obra, conhecemos melhor Ponte de Lima, o seu imenso património, as suas generosas gentes, a riqueza da paisagem e as cores que enchem o dia-a-dia desta terra, também abençoada por Deus. Conhecemos também os cantos e recantos de uma vila onde os dias escorrem lentamente entre o nascer do sol e o ocaso.
Com Américo Carneiro, está a desaparecer a face desconhecida de Ponte de Lima pois, através de uma minuciosa investigação histórica, realiza trabalho de arqueólogo, pintando o que nunca os atentos olhos dos limianos tinham visto.
Hoje conhecemos melhor o rico passado de Ponte de Lima também graças a Américo Carneiro. Passado que pode ser revisitado em mais uma importante exposição deste autor. Calcorrear a extensa escadaria da medieval Torre da Cadeia Velha admirando a beleza da obra de Américo Carneiro, significa dar um grande impulso aos nosso sentidos, à nossa sensibilidade, ao nosso conhecimento histórico, à alma de limianos e à nossa costela limianista.
Resta-nos, pois, agradecer o contributo de Américo Carneiro para o engrandecimento de Ponte de Lima e pedir-lhe que continue a dar tão importante contributo para a fixação da memória desta terra e da expansão do seu nome aos quatro cantos de Portugal.