A Assembleia Municipal de Ponte de Lima e o comércio limiano (3)
No contexto da discussão gerada na Assembleia Municipal, alguns argumentos esgrimidos merecem alguns comentários da nossa parte:
Daniel Campelo: “Este trabalho não teve em conta estudos da Valimar, Finanças, Associação de Comerciantes, o volume global da zona urbana, o Ministério da Economia, entre outras fontes”. Mais à frente, referiu ainda que “esta é uma matéria demasiado importante para se ficar por considerações leves, sendo que já foram feitos estudos multidisciplinares por entidades credenciadas”
Comentário: Efectivamente não foram tidos em conta esses estudos. Sobre eles, só duas questões: eles existem? Se existem, onde estão? A demagogia é fácil quando as afirmações não são comprovadas com documentos, pelo menos aqueles de que fala. Ou seriam aqueles estudos, que revelou, que afirmavam que o concelho de Ponte de Lima é um dos que tem melhor qualidade de vida (da autoria de um organismo ligado à Saúde) e um outro que coloca o nosso concelho no top distrital ao nível do número de jovens? Que relação ou implicação têm estes estudos com o comércio tradicional e com os problemas que o afectam?
O trabalho da Comissão é o reflexo do sentir e da realidade dos comerciantes limianos. Se houver alguma pretensão de rebater com rigor aquelas conclusões, apresentem-se alguns comerciantes (podem ser poucos…) que afirmem e comprovem que o seu volume de negócios aumentou nos últimos dez ou vinte anos!
Daniel Campelo: “Enquanto eu for presidente não vamos construir mais parques subterrâneos, pois Ponte de Lima deve ser a vila que mais oferta possui a este nível”.
Comentário: Não contesto os números do presidente da câmara. Mas, como não há bela sem senão, como explica que um parque, que foi também pago com verbas do PROCOM, que devia servir de apoio ao comércio, esteja a ser utilizado quase exclusivamente pela autarquia e pelos moradores? Onde está o estacionamento de proximidade? O que fará se, um dia, decidir encerrar o areal ao estacionamento automóvel?
Vem logo à memória o velho ditado: “nunca digas nunca”…