segunda-feira, junho 05, 2006

DECEPÇÃO, DESCRENÇA, TRAIÇÃO, FALSAS EXPECTATIVAS, INCAPACIDADE, DESÂNIMO...

São alguns dos sentimentos e adjectivos que nos assolam no momento em que é confirmada a opção da IKEA por outras regiões do país, depois de terem sido criadas grandes expectativas de que aquelea unidade industrial se instalaria em Ponte de Lima.
O show-off com que foi anunciado o investimento em Ponte de Lima, as expectativas criadas pelos governantes e pelo Presidente do Município limiano deixaram nascer e crescer a esperança nos limianos. Esta é uma hora de decepção, tristeza e descrença. Num concelho cada vez mais pobre, com cada vez menores perspectivas de emergir da crise em que se encontra, estas notícias são fatais. Os pólos industriais estão "às moscas", a velha promessa da nova fábrica de queijo já passou para as galerias de um qualquer museu das promessas incumpridas, a deslocalização da Adega Cooperativa de Ponte de Lima é uma miragem, o IKEA já tem outro destino, o investimento da COBRA - outra grande bandeira - tarda em libertar-se da rede de desconfiança em que está envolto, o comércio limiano definha, Ponte de Lima está a caminhar a passaos largos para possuir um belo "centro histórico fantasma".
As provas de incapacidade são muitas, e cada vez mais evidentes. Só a falta de memória as poderá desvanecer!

A reacção do Presidente da Câmara Municipald e Ponte de Lima

Daniel Campelo disse hoje que se sente desrespeitado pelo governo e pela Ikea e quer que lhe expliquem porque é que foram alteradas as opções e requisitos iniciais para a instalação da nova fábrica sueca.Em conferência de imprensa, ao início da tarde, no final da reunião do executivo limiano, Campelo garantiu que o Primeiro Ministro lhe comunicou na véspera da apresentação do investimento do grupo estrangeiro, que a Ikea ia mesmo instalar-se em Ponte de Lima.Daniel Campelo acusa o governo de continuar a marginalizar o interior, deu os parabéns ao presidente do PSD, que diz ter tido uma intervenção directa no processo e alerta para os interesses que estarão por trás do novo negócio.O autarca lamentou que o município de Ponte de Lima tenha sido usado pelo governo no processo da Ikea, que diz ser um estranho processo, e fica à espera de explicações.

A culpa tenderá a morrer solteira, se todos - como se pode verificar - apontarem o vizinho como o responsável desta enorme perda para o concelho. O que se exige é que se fale SEMPRE VERDADE!