sexta-feira, junho 30, 2006

Carta Educativa (II)

5. 1º Ciclo – A previsão para os próximos anos é de estabilização da população escolar. Nesse sentido as escolas que hoje têm poucos alunos mnão verão o seu número crescer no futuro. São propostos centros escolares muito pequenos (Cepões, 74 alunos, Calheiros, 66 alunos, Moreira do Lima, 54 alunos, etc.) onde não é sequer garantida uma sala por ano de escolaridade. Uma das virtualidades da concentração seria a de evitar ter alunos de anos de escolaridade diferentes na mesma sala de aula. É um contra-senso, um erro e uma oportunidade perdida. Escolas com, pelo menos, 150 alunos garantem que hoje, e nos próximos anos, este premissa seja respeitada. Seria preferível um reordenamento das seguintes opções: No Território Educativo de Arcozelo (Alto da Labruja – Cepões; Calheiros, Moreira do Lima, Estorãos, Arcos/Fontão); No Território Educativo de António Feijó (Rebordões Souto); No Território Educativo da Correlhã (Facha e Donas). Território Educativo do Neiva (Cabaços e Poiares).

É correcta a estratégia de “esvaziamento” da Escola EB1 de Ponte de Lima, permitindo que funcione dentro da sua real capacidade. Não será de descurar uma intervenção de fundo que permita aumentar a sua funcionalidade e adaptá-la às necessidades actuais.

6. As Escolas de Fontão, Moreira do Lima e Arcos deixarão de integrar o Agrupamento de Arga e Lima? Parece que o Centro Educativo de Arcos Fontão tenderá a ser localizado em Fontão – infra-estruturas já construídas assim parecem indiciar. Mas a lógica parece conduzir para que o mesmo se localize em Moreira e integrar também os alunos de Estorãos.

Calheiros e Cepões têm condições para, juntos, terem um excelente centro educativo;

Rebordões Souto poderia integrar o CE de Trovela; 8 salas podem não ser suficientes para os 192 alunos da Feitosa – se todas as 8 turmas tiverem 1 aluno portador de deficiência (NEE) o máximo de lotação da escola é 160 alunos (20 por turma)!; Não seria descabido projectar desde já um CE para Facha/Donas e pensar maduramente na possibilidade de Rebordões Sta. Maria integrar desde já, ou muito em breve, o CE da Feitosa ou Trovela, tendo em conta a grande dimensão de partida da EBI da Correlhã. Lamentavelmente o CE de Vitorino de Piães não permite absorver os alunos de Cabaços (tiro no pé? Como é possível que a carta educativa conclua que o CE de V. Piães é pequeno para as necessidades e já equaciona a utilização de uma escola que ia ser demolida?), assim como o de Freixo parece estar sobredimensionado. Seria interessante uma alternativa que permitisse esvaziar Freixo e absorver Poiares.

7. 2º/3º Ciclos do Ensino Básico – Prevê-se uma estabilização da população escolar e a manutenção das actuais escolas, apenas equacionando a ampliação da EB 23 de Freixo. Numa solução intermunicipal, como é o caso desta carta, é pena que não seja aberta a possibilidade de ser construída uma nova escola na zona S. Martinho/ Sta Cruz/ Padreiro, com um território educativo que poderia abranger estas freguesias mas também Bravães, Gemieira, Boalhosa, Serdedelo e mesmo Refoios, entre outras, de tipologia EBI.

8. Ensino Secundário – Nada a apontar, tendo em conta a descentralização proposta.

9. Ensino Profissional – É com pena que não vemos este tipo de ensino considerado na Carta Educativa, num momento em que a escola Profissional Agrícola de Ponte de Lima definha, debatendo-se com grandes problemas, sobretudo provenientes das áreas que lecciona e que não encontram resposta no mercado. É fundamental repensar esta escola e o ensino profissional no concelho e, além de algumas palavras que já ouvimos, nada mais se tem feito…