terça-feira, maio 09, 2006

AS FEIRAS NOVINHAS

Estou certo que, neste momento, muitas serão as vozes a criticar as feiras novas antecipadas, pela passagem dos 180 sobre a autorização para a realização das mesmas, pelo Rei D. Pedro. Não comungo dessas opiniões, pois sou um defensor da criação de novos motivos de interesse e animação em Ponte de Lima, já expostos neste blog. Os "Domingos Gastronómicos" melhorados, como prefiro chamar a este aniversário da autorização para a realização das Feiras Novas, decorreram este fim-de-semana, e bem, a atender pela forma como decorreram, pela adesão popular e pelas referências elogiosas que já ouvi. Foi um momento para propiciar um "convívio à limiana", uma forma diferente de estar, divertir-se e fruir Ponte de Lima, com recantos únicos e bastante ajustados a uma bela estúrdia. Tentar fazer deste momento uma remaque das Feiras Novas parece-me exagerado. Não se devem, nem se podem vulgarizar as festas do concelho. Melhorar e engrandecer os domingos gastronómicos, tendo como mote o sarrabulho e a cultura popular limiana, parece-me uma ideia feliz. É preciso, a partir de agora, fazer com que estes momentos passem a integrar o calendário, habituando os limianos e os forasteiros a vir a Ponte de Lima no primeiro fim-de-semana de Maio (ou um pouco antes, para não se aproximar demasiado da Vaca das Cordas).


OPERA FABER

Outro momento, de cariz bastante diferente, pode ser a Opera Faber. Este festival de ópera que se vai realizar mais uma vez este ano, pode ser um pretexto para chamar a Ponte de Lima um tipo de público bastante específico, mas normalmente arredado destas paragens. A edição 2006, realizar-se-á entre 8 e 22 de Julho e terá como ponto alto a exibição de uma nova produção da ópera "Don Geovanni" de Mozart. Parece-me importante que, da parte da organização do festival, exista um cuidado maior, no sentido de o aproximar mais dos limianos, assim como a cultura musical que divulga, dando-lhes a conhecer a arte da ópera em espectáculos acessíveis e mais populares. Apesar de se realizar depois do final do ano-lectivo, as escolas não devem ser esquecidas por este festival. A criação de públicos e a divulgação da ópera deve começar cedo, muito cedo.