As eleições autárquicas deste domingo tiveram como aspecto de maior realce a Vitória esmagadora de Victor Mendes, com a consolidação do crescimento do CDS/PP que teve o mais expressivo resultado de sempre, ultrapassando largamente o melhor resultado de Daniel Campelo em 1997; a continuação da lenta agonia do PSD, que continua a perder votos e influência desde 1993, descendo para, praticamente, metade dos votos nestes quinze anos; o decepcionante resultado do Partido Socialista que não conseguiu manter o resultado de Montenegro Fiúza, perdendo cerca de 1300 votos em quatro anos e, pior do que isso, o lugar na vereação, mesmo depois do seu Vereador Jorge Silva ser o mais activo da oposição; finalmente, a CDU que mantém praticamente a mesma votação de 2005.
Com esta maioria reforçada, Victor Mendes e a sua equipa têm condições únicas para implementar o seu programa.
A apoiar Victor Mendes, teremos também uma Assembleia Municipal muito pouco colorida, com o CDS/PP a crescer no número de mandatos, o mesmo acontecendo com a CDU a subir de um para dois, e PSD e PS a descerem no número de deputados municipais.
Relativamente às Juntas de Freguesia, realce para o resultado do PSD que passa a deter sete juntas. Apesar de ter perdido Queijada, é a força política mais votada nas freguesias urbanas de Ponte de Lima e Arcozelo, assim como em Anais, Beiral do Lima, Serdedelo, Báriio e Arcos. O Partido Socialista ficou reduzido à junta da Ribeira.
Os resultados, na sua globalidade, representam um profundo cartão vermelho à oposição, incapaz de fazer o seu papel e passar a sua mensagem, não inspirando confiança a um eleitorado que, mesmo na dúvida, preferiu apostar na continuidade. Este panorama, muito próximo do unanimismo, deve merecer a reflexão das forças políticas da oposição, designadamente sobre a sua forma de trabalhar, de agir e de pensar.
PS. Uma palavra de apreço e congratulação para o nosso conterrâneo Humberto Cerqueira que venceu as eleições e se tornou no novo presidente da Câmara de Mondim de Basto.