Querem fechar o Alto Minho?
O "Pidaquezinho" atribuído ao distrito de Viana do Castelo para 2008 é, nem mais nem menos, do que o mais baixo de todos os distritos do continente.
A conversa à volta desta questão é sempre a mesma: os representantes do poder ou do partido do poder no distrito, alertam para outras verbas que são canalizadas para Viana do Castelo através de, por exemplo, os orçamentos de institutos públicos, não estando por isso integradas no volume global do PIDDAC. Já a oposição reclama mais verbas para um distrito que continua na cauda do desenvolvimento nacional.
Nós preferimos recordar dois pontos e terminar com uma constatação:
1. Aqueles que no passado achincalharam governos PSD pelo volume de verbas orçamentadas para o distrito, hoje refugiam-se na inutilidade do PIDDAC e nas outras verbas que são investidas na região e não contabilizadas no Plano de Investimentos. Hoje é a oposição que acusa o Governo socialista de se esquecer do distrito, mesmo que, nos tempos em que tenha exercido o poder, tenham praticado uma política semelhante, embora sem nunca terem colocado o distrito na cauda dos investimentos nacionais.
2. As verbas não inscritas no PIDDAC, canalizadas através de orçamentos de institutos públicos, não são apenas gastas em Viana do Castelo, mas em todo o país. E não consta que o distrito saia mais beneficiado do que outros com esses dinheiros. Os critérios dos institutos são muito semelhantes aos do governo. O maior investimento é efectuado nos distritos mais populosos. Ponto final.
Posto isto, a constatação é óbvia: esta gente esquece o Alto Minho, está de costas voltadas para o seu desenvolvimento, indisponível para colaborar na retirado do fosso em que se encontra. Esta é a realidade, como real é também a falta de peso político dos protagonistas regionais que não conseguem inverter esta triste tendência. Estamos na cauda e cada vez estaremos mais longe dos nossos parceiros.