segunda-feira, maio 07, 2007

Água e saneamento entram numa nova era no distrito de Viana

"O distrito de Viana do Castelo ficará, em finais de 2008, com uma cobertura de 90 e 65 por cento pelas redes de abastecimento de água e de saneamento, respectivamente, num investimento de 181 milhões de euros, de acordo com a agência Lusa.

A informação foi avançada pelo presidente do Conselho de Administração da empresa Águas do Minho e Lima, José Martins Soares, que especificou que o abastecimento de água absorverá 115 milhões de euros, ficando a fatia restante para o saneamento.

Disse ainda que está a ser estudada a eventual fusão das empresas Águas do Minho e Lima, Águas do Cávado e Águas do Ave, criando um sistema único «com dimensão» que poderá repercutir-se favoravelmente nas tarifas a pagar pelos consumidores.

A Águas do Minho e Lima é, neste momento, responsável apenas pelas chamadas «redes em alta», mas o responsável admitiu que a empresa poderá também assumir as redes «em baixa», actualmente da responsabilidade das câmaras municipais.

Em relação aos investimentos em curso, Martins Soares disse que «a grande maioria» das infra-estruturas de saneamento ficará concluída até finais de 2007.

Quanto ao abastecimento de água, o subsistema de S. Jorge estará a funcionar no primeiro trimestre de 2008, abastecendo os concelhos de Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Viana do Castelo Caminha e Vila Nova de Cerveira.

No final do mesmo ano, começará a funcionar o subsistema do Vale do Minho, servindo Melgaço, Monção e Valença.

Estas informações levam-nos a colocar as seguintes questões:

1. Ao assumir o controlo da distribuição em baixa, a empresa Águas do Minho e Lima ficará com o absoluto poder de por e dispôr relativamente às tarifas praticadas. A confirmar-se uma fusão com outros subsistemas, cenário também admitido, esse controlo será ainda maior. Poderá ser benéfico para o consumidor (mantenho as minhas dúvidas porque o abastecimento a partir do Cávado e Ave implica cuidados, e por consequência custos, acrescidos relativamente aquele que é feito a partir do Minho ou do Lima), mas a decisão fugirá por completo da esfera dos munícipes, pela via dos Municípios;

2. As captações de Ponte de Lima e Bertiandos serão desactivadas em 2008?

3. Qual a cobertura ao nível do abastecimento de água e saneamento no concelho de Ponte de Lima?

Tendo em conta estes cenários, não se afiguram fáceis, os próximos tempos para os consumidores de um bem essencial, como é a água...

PS. O que a empresa Águas do Minho e Lima, por intermédios dos empreiteiros a quem adjudicou as obras, está a fazer aos altominhotos é um verdadeiro escândalo: obras e mais obras, valas e mais valas, tudo mal sinalizado ou sem qualquer sinalização, sem protecção alguma para pessoas ou viaturas, declives enormes no pavimento, buracos sem fim, semáforos e esperas que arrasam a paciência dos automibilistas. Não há respeito, é prepotência a mais e um mau indicador para a forma como tratarão as questões da água e suas tarifas...