Dá que pensar...
O JN, na sua edição de hoje, a respeito dos incidentes de Paris, continha umas declarações do Arquitecto Manuel Correia Fernandes a respeito da criação de guetos e espaços público desadequados em Portugal. Muitos dos pressupostos apresentados assentam com uma luva nas desastradas políticas urbanísticas implementadas em Ponte de Lima nos últimos anos. Não imagino incidentes semelhantes aos de Paris em Ponte de Lima, mas que as políticas são as mesmas, lá isso são...
"O arquitecto Manuel Correia Fernandes acredita que a marginalização dos bairros sociais, no caso português, vai além "da altura e da baixura". Está na carência de "equipamentos e serviços", na "falta dos espaços públicos" projectados e afastados pela necessidade de poupar das autarquias e de ganhar dos empreiteiros. O que os bairros não têm é a qualidade de vida, que compensaria a concentração de gente, escolas, salas de estudo, recolha de lixo com qualidade. espaços verdes que não estejam a monte. Mais área para as pessoas, evitando a promiscuidade dentro de casa, uma varanda para dar a quem tem de viver no alto um contacto com o exterior. O erro do bairro foi roubar aos desvalidos o direito à cidade, criando zonas "monossociais", o que "agudiza os problemas". Mas espalhá-los agora, 40 anos depois, será destruir das poucas coisas que lhes restam: laços, acredita Correia Fernandes.
Dá mesmo que pensar...
O incêndio que aqueceu a política limiana!
Os últimos dias em Ponte de Lima têm sido ferteis em polémica. Tudo começou na semana passada, com o incêndio na viatura do Vereador Montenegro Fiúza que, prontamente, atribuiu o ocorrido a uma atitude criminosa, contra alguém incómodo na política local.
Personagem incómodo ou não, a confirmar-se estar na origem do ocorrido um acto criminoso, apenas resta uma atitude a qualquer limiano e a qualquer cidadão: solidariedade para com o visado, condenação veemente para com o autor. As meias palavras e atitudes evasivas, não têm qualquer cabimento neste contexto.
Fernando Calheiros, um Senhor!
É um Senhor da política local. Alguém que gosta muito da sua terra e por ela deu parte da sua vida. O sentido da palavra DAR, para Fernando Calheiros está muito além do sentido que a maioria dos mortais lhe dão. Presidente da Câmara exemplar, sacou a autarquia de uma profunda crise financeira, criando-lhe os alicerces e implementando os princípios que permitiram com que, hoje, obtenha óptimos resultados ao nível das finanças. Na Santa Casa da Misericórdia outro trabalho digno de registo, sobretudo se tivermos em conta o delicado momento em que pegou nas "rédeas" da instituição. Passou também pelos Bombeiros Voluntários e é ainda membro do Rotary Club de Ponte de Lima onde pratica, no dia a dia, o lema que praticou em toda a sua vida: "fazer o bem sem olhar a quem".
Este senhor, apresentou esta semana a sua primeira obra, como não podia deixar de ser, dedicada a Ponte de Lima, viajando pelos seus primórdios mas também pelo imaginário de uma terra que nos fascina e enebria.
Que bem fica a estante do limianismo com a obra de Fernando Calheiros!
"Aqueles que entram nos Paços do Concelho muito bem vestidos e, afinal, são uns perfeitos bandidos"
Dificilmente poderíamos lançar um concurso tão oportuno. Durante a semana que agora se inicia, procure responder às duas questões que se seguem:
1. Quem proferiu esta afirmação?
2. A quem se dirigia?
(na próxima semana, publicaremos os resultados e os merecidos comentários...)