Natal às escuras...
Manuel Pires Trigo trouxe a público uma questão que deve merecer alguma reflexão no contexto local: O Município decidiu que este ano apenas iluminaria algumas artérias da vila, designadamente a frente ribeirinha e a Avenida António Feijó, deixando para a Associação Empresaria o encargo de organizar a iluminação nas outras artérias, mediante subsídio camarário.
Esta mudança de estratégia do Município, relativamente a anos anteriores, parece-nos completamente despropositada e sem qualquer justificação aparente. Mais, um cancelamento pós-eleitoral leva o comum dos mortais a pensar que, só por puro eleitoralismo, manteve a iluminação das principais artérias da vila na época natalícia.
Em tempos de profunda crise, de crescente desertificação do centro histórico, esta é mais uma machadada no pequeno comércio local que, para agravar a situação, não tem na sua estrutura representativa um parceiro à altura das suas responsabilidades.
De facto, ao passar a responsabilidade da organização da iluminação de Natal para a Associação Empresarial, na qual os empresários não se revêem nem confiam, o Município comprometeu seriamente esse propósito, pois esta associação já há muito provou que não representa os comerciantes limianos e que é incapaz de levar para a frente um projecto em que tenha que conciliar posições e unir toda uma classe.
Um Natal, que se afigura pobre e triste, vai ser vivido à "meia-luz".
Nota final: O Município deu o mote, relativamente à forma como vai abordar o desenvolvimento económico durante este mandato e a Associação Empresarial de Ponte de Lima, mais uma vez demonstrou que, na prática, não existe para mal dos seus sócios, da generalidade dos comerciantes e dos consumidores.