Ensino Profissional - da fome à fartura
Não há fome que não dê fartura, diz sabiamente o povo. Talvez seja este o ditado popular que melhor se ajusta à realidade do ensino profissional em Ponte de Lima. De facto, após os tempos aureos do ensino técnico no nosso concelho, centrado na Escola Técnica de Ponte de Lima, que tão boa conta deu de si em áreas tão diversas como o secretariado, a mecânica e a electricidade, seguiram-se tempos de alguma decadência no ensino técnico, apenas assegurado por alguns cursos ministrados na Escola Secundária de Ponte de Lima.
Surgiu então a Escola Profissional Agrícola e Desenvolvimento Rural de Ponte de Lima que foi o grande garante deste ensino no concelho até há cerca de dois anos a esta parte, quando se deu o "boom" de novos cursos e a expansão de outras entidades para o nosso concelho.
Hoje a Escola Secundária de Ponte de Lima tem à disposição dos alunos seis cursos profissionais, a Escola Profissional Agrícola, sete, a Escola Profissional do Alto Minho Interior, seis.
Verificamos ainda que também a ETAP abriu uma unidade de formação na vila de Ponte de Lima, sendo de prever o aumento da oferta formativa local.
Mesmo tendo em conta as virtudes da concorrência, não é fácil num concelho como o de Ponte de Lima, conseguir alunos para cerca de vinte cursos profissionais. De facto, da fome passou-se rapidamente à fartura, um mal tipicamente português que não costuma ter um final feliz...