As "Vianas" do Castelo
Viana do Castelo distrito, quer-se unido, com força para lutar contra a adversidade e contra o destino. Estar no litoral com índices de desenvolvimento apenas registados no interior do País é um handicap dos grandes, difícil de ultrapassar por aqueles que passam o dia a olhar para o seu próprio umbigo.
O que se tem passado em Viana do Castelo, e esperamos não venha também a passar-se em Ponte de Lima é deveras confrangedor, lamentável, mesmo pouco digno.
Defensor Moura, refugiando-se num bairrismo provinciano e bacoco, procura ganhar na secretaria aquilo que, certamente, não ganhará nas urnas. Vai daí e, sob a capa da defesa dos interesses dos cidadãos locais, decide invocar a discordância relativamente a uma Lei da República e não adere a uma Comunidade a dez, construída da única forma possível para juntar os dez concelhos do distrito, enquanto Moura for presidente do de Viana: a imposição.
Moura quer ganhar na secretaria aquilo que deveria procurar ganhar no terreno: respeito e capacidade para procurar que os outros aceitem o seu ponto de vista. Lamentável!
Lá por Viana a luta política está acesa e os Vereadores do PSD apresentaram uma proposta que visa a devolução aos vianenses da decisão de aderir, ou não, à comunidade. Contra todas as expectativas Moura aceitou. Vai haver referendo - mas só depois da publicação da nova lei que regulamentará a associação de municípios - e as consequências serão assumidas pelo Presidente da Câmara, em caso de derrota: a união a dez poderá fazer rolar cabeças.
São as duas Vianas de que falamos neste curto texto: Viana distrito e a Viana do Moura. Qual vencerá? Em breve as cenas dos próximos capítulos estarão em antena.
E por cá, o que espera Daniel Campelo para anunciar a sua decisão? A hesitação ou o tabu sobre a adesão estarão para durar? Vão esperar pelo referendo de Viana? Ou será necessário importar a ideia e realizar também um em Ponte de Lima?