domingo, dezembro 09, 2007


O CLAMOR É GRANDE CONTRA AS NOVAS TARIFAS DA ÁGUA

Em 30 de Março do corrente ano alertamos para um aumento desproporcionado das tarifas da água em Ponte de Lima (ver aqui).
Na altura fomos uma voz a clamar no deserto, contra um aumento desmesurado, embora tendo como base uma medida justa - a implementação do princípio do utilizador/pagador no tratamento de efluentes. Mesmo nos órgãos autárquicos as vozes que se opuseram à medida foram poucas ou, quase, nenhumas.
Como era de esperar, os consumidores (munícipes de Ponte de Lima) apenas se aperceberam das consequências quando chegaram as facturas da água. É um verdadeiro clamor nos serviços de atendimento camarários.
O que fazer agora?
1. Contestar os exageros dos aumentos que penalizam mais os pequenos do que os grandes consumidores;
2. O comércio é outro dos grupos mais afectados pelas novas tarifas, quando é um dos sectores em mais acelerada recessão da sociedade limiana;
3. É necessária uma avaliação cuidadosa de todos os efeitos da nova tarifação, designadamente a sua confrontação com os valores da antiga "Taxa de Conservação de Colectores", no valor aproximado de 36€ anuais;
4. O "factor fixo" da nova tarifa é um elemento que distorce a realidade do consumo, que funciona como "dinheiro em caixa", exista ou não consumo de água, um verdadeiro "seguro de vida" para o sistema;
5. Em momento algum foram apresentados estudos sobre o valor real do tratamento de efluentes na ETAR de Ponte de LIma, que permitam avaliar se existe ou não disfunção relativamente aos valores pagos pelos munícipes. É de exigir a sua divulgação;
6. O pagamento bimensal agrava os valores a pagar pelos munícipes e poupa ao município despesas administrativas.