Boas Festas

A todos quantos a vida
tem sido árida e sofrida,
rosário de contas funestas,
- Boas Festas.

Para ti, meu bom velhinho,
que te arrastas no caminho
convencido de que não prestas,
- Boas Festas.

Para ti, irmão rural,
tão simples e natural
e de ambições tão modestas,
- Boas Festas.

Para ti, mulher do povo
que fias um mundo novo
com mãos sabidas e lestas,
- Boas Festas.

E para ti, juventude,
grito de sonho e saúde
sempre que te manifestas,
- Boas Festas.

Cláudio Lima, in "Outrora Dezembro"