segunda-feira, agosto 06, 2007


A Expolima será "pau para toda a colher"?


O recinto teve um início de vida algo atribulado. Diz-se que, inicialmente pensado para albergar a Feira do Gado, uma estrutura moderna que correspondesse às exigências comunitárias para este tipo de certames, esta assumiu uma forma multifacetada quando se verificou que o espaço era exagerado para os fins que se propunha e logo surgiu a ideia de ali instalar também um local para albergar algumas das iniciativas municipais, designadamente as feiras do livro, artesanato e dos petiscos que, até à construção do recinto, se realizavam na Avenida dos Plátanos.
Depois de concluída a infraestrutura, e agora que também está em funcionamento o recinto polivalente onde decorreram espectáculos de equitação, onde se vão realizar espectáculos musicais e onde decorrerá também uma tourada nas Feiras Novas, parece que todos os eventos e animação que se realizam em Ponte de Lima têm que, inevitavelmente, ser localizados na Expolima.
Não concordamos com esta opção.
Apesar das limitações do local, com uma estrutura em tudo igual às das boxes para animais, este ajusta-se a alguns eventos como as feiras de artesanato, a feira dos petiscos, pois garante melhores condições aos expositores e aos visitantes.
Mas passar de uma opção para espectáculos, certames e animação para a única opção para este tipo de realizações é exagerado e mesmo absurdo. Senão vejamos:
- A Expolima é um recinto de grandes dimensões, não se ajustando a eventos de características minimalistas;
- Trata-se de um recinto pouco envolvente e que não facilita a proximidade dos artistas com o público;
- Está afastado do centro da vila e das zonas mais frequentadas;
- O acesso ao mesmo é feito através de uma Alameda em más condições de conservação e com muito pouca luz;
- É também necessária animação no centro da vila, designadamente Largo de Camões, Avenida dos Plátanos, entre outros locais.
Assim, julgamos que a animação deve ser distribuída por diversas zonas da vila, tendo em atenção as suas especificidades e o público alvo das mesmas. Só assim se evitarão espectáculos com reduzida assistência, como alguns que temos vindo a presenciar durante a Feira do Livro, e a inadequação de outros ao espaço escolhido, como é o caso do festival Internacional de Folclore, embora este se tenha realizado em simultâneo com a Feira do Livro, sendo por isso legítimo que tenha decorrido na Expolima.