O PREÇO DA PALAVRA!
O início do ano-lectivo traz sempre alguma agitação. Num ano em que, no país, fecharam centenas de escolas, algumas delas no concelho de Ponte de Lima, o único caso de contestação vem da Gemieira, escola inicialmente apontada para encerrar mas que, na sequência da reacção de pais e autarcas locais, foi decidido manter (a Câmara, pela voz do seu Vereador da Educação, transmitiu aos contestatários que teria sido a DREN a tomar essa decisão...). Ora, às portas do início do ano-lectivo sabe-se que, afinal, a escola da Gemieira vai fechar, provocando a natural revolta daqueles que já tinham assente que a antiga escola afinal continuaria aberta. A justificação da autarquia não tardou: o encerramento cumpre o estipulado na Carta Educativa e esta foi aprovada pela Câmara Municipal e Assembleia Municipalo (onde tem assento o Presidente da Junta de Freguesia da Gemieira, que deve ter votado favoravelmente o documento).
Escreve estas linhas quem concorda com o encerramento de escolas com reduzido número de alunos, quem vê no Centro Escolar da Ribeira (novo destino das crianças da Gemieira) uma estrutura com excelentes condições, mas também quem sabe que a carta educativa preconiza o encerramento da escola da Gemieira, mas não diz quando tal poderá ou deverá acontecer.
O que faltou e falta é coragem no Município de Ponte de Lima. Em primeiro lugar para enfrentar os protestos, preferindo anunciar decisões de terceiros (DREN) que nunca as anunciaram de viva voz, em vez de assumir as suas (o Município para manter a escola aberta bastaria ter dito que não tinha possibilidades para assegurar transporte e alimentação aos alunos); finalmente, atira para as costas da "muda" carta educativa e do Presidente da Junta da Gemieira a culpa do encerramento da escola, em vez de cumprir a palavra (dos outros) dada (por si) no início deste ano.
Que trapalhada!
A CIDADANIA FAZ-SE AQUI. Diga-nos o que pensa do grande caso do arranque do ano-lectivo em Ponte de Lima!
A CIDADANIA FAZ-SE AQUI. NÃO DEIXE DE DAR A SUA OPINIÃO! Diga-nos o que serão as Feiras Novas sem música e animação na zona das Pereiras?