JN ABORDA A AUSÊNCIA DE MÚSICA GRAVADA NA ZONA HISTÓRICA DURANTE AS FEIRAS NOVAS
Empresários de animação nocturna estabelecidos no centro histórico de Ponte de Lima e algumas vozes da Oposição à maioria autárquica, com relevo para o PS, manifestaram-se contra a proibição de música gravada ao ar livre naquela zona da vila durante os dias das festas do concelho, as tradicionais Feiras Novas, que arrancam na próxima sexta-feira.
Desta feita, Câmara e comissão de festas decidiram-se por transferir a animação para os recém- -inaugurados espaços da Expolima, na Alameda de S. João, junto ao rio Lima, proposta vista como "muito má" pelos empresários, observando Jorge Silva, vereador socialista no Executivo liderado por Daniel Campelo (CDS-PP), que o "esvaziamento" do que se tornou, nos últimos anos, o "centro nevrálgico" da animação "poderá não ser a decisão mais oportuna".
Responsável pelo "Girabola", bar situado no coração da vila, Fernando Abreu refere que a animação desenvolvida há perto de década e meia naquela parte da vila "poderá não corresponder à tradição, mas é procurada por elevado número de pessoas, que se deslocam a Ponte de Lima por estas alturas". Assinalando que os cinco empresários estabelecidos no centro histórico com bares fizeram ver isso à Autarquia e à comissão de festas, disse que "de nada valeu o esforço". Partilhando do comentário, José Antunes, do bar "S.A.", indicou que as preocupações com questões de segurança, argumento invocado pela Autarquia, segundo disse, "estão, também, na mente dos empresários, que propuseram uma solução de recurso (que passaria pela limitação do horário da música gravada), solução essa que também não viria a ser aceite. Na nossa opinião, são as Feiras Novas que ficam a perder".
Opinião distinta sobre a questão tem o vereador da Cultura e presidente da comissão das festas, Franclim Sousa, para quem a organização da romaria deste ano "apostou num formato diferente, no sentido de proporcionar melhores condições e mais segurança às pessoas que visitam Ponte de Lima nessa altura".
Refira-se que nos espaços da Expolima estarão representados quatro dos cinco bares do centro histórico, desembolsando cada empresário um milhar de euros pelo aluguer da estrutura.