A RIQUEZA DA BIOMASSA CONTRA O FLAGELO DOS INCÊNDIOS
Se a solução para a diminuição dos riscos de incêndios florestais estiver em mais alguns cêntimos na conta da electricidade, haverá muitos contestatários?
Talvez sim, mas se essa solução implicar a criação de 3 ou 4 mil postos de trabalho nas zonas rurais, poupança no subsídio de desemprego e rendimento social de reinserção, redução da poluição ambiental, diminuição do consumo de petróleo e seus derivados, o número de indecisos poderia decrescer.
Estes são os resultados de um estudo realizado na Galiza (com muitas semelhanças com o Norte de Portugal) intitulado “Estudo electricidade verde. A biomassa nos montes da Galiza” elaborado pelo Centro de Investigação Económica e Financeira da Caixa Galicia. Os seus resultados são animadores. Limpa-se a floresta e, com os produtos recolhidos, produz-se energia limpa. Na Galiza, daria para abastecer 30% dos seus lares e reduziria em 10% o consumo de energia térmica, não renovável e contaminante.
Então, com a floresta que temos, no estado em que a temos, com a dependência externa que temos ao nível energético, esta não poderá ser uma boa solução. Mesmo que o preço da energia fosse subsidiado, ainda restariam muitas vantagens: mais emprego, menos gastos em subsídios, energia limpa, montes limpos e menos incêndios (para metade segundo as previsões do estudo).
Apontamento...
Faleceu Amadeu de Araújo Pimenta, uma figura grande de Ponte de Lima, com um contributo muito importante para o seu progresso e conhecimento, designadamente através das funções deesempenhadas enquanto autarca da vila de Ponte de Lima, trabalho no campo farmacêutico, correspondente de "O Primeiro de Janeiro" mas, sobretudo, pela sua presença forte e determinada numa terra que sempre abraçou e para a aqual sempre trabalhou.