Fingir saber
O preço das montanhas
Ou melhor Pretender demonstrar que o infinito é velho
Já me assombraram
Estas muralhas de seda
Num desafogo de fome e sede
Como quem quer atar em mosaico
Uma multidão de gritos
Já dirigi uma orquestra
De teoremas a giz
Agora já não
No cais onde me encontro
Enumero e beijo
Um a um
Todos os nossos sonhos antigos.
Américo Carneiro