Moura isolado
Finalmente o executivo municipal de Ponte de Lima tomou a decisão, a única possível em nome dos interesses dos cidadãos do concelho: a adesão à nova comunidade intermunicipal, coincidente com a NUT III "Minho-Lima", que juntará sob "um mesmo tecto" os municípios do distrito de Viana do Castelo e que, numa primeira fase, terá como grande objectivo a gestão dos fundos comunitários destinados à região.
De fora, como é sabido, fica Viana do Castelo, pela mão do seu presidente Defensor Moura, que espera ver a sua decisãoi ratificada em referendo a efectuar oportunamente, dando a possibilidade aos cidadãos vianenses de se pronunciarem sobre esta questão.
Defensor Moura e, por arrastamento, Viana do Castelo ficam isolados do resto do distrito e correndo sérios riscos de serem privados de importantes fundos comunitários, em nome de caprichos pessoais de um presidende democraticamente eleito. O seu ego, as razões que nunca publicamente foi capaz de explicitar, o ódio visceral aos seus colegas de partido e dirigentes distritais, a cegueira de trocar a afirmação de um concelho que pode e deve liderar o distrito pelos actos, pela capacidade política dos seus representantes, pela força dos seus quase cem mil habitantes, pela obstrução a uma lei feita a pensar num país e não nas especificidades locais, levaram a um inevitável isolamento, a uma visão quixotesca do distrito onde a sua luta contra "moinhos" só poderá ter um triste final para o líder vianense.
Moura até pode ganhar esta batalha do referendo, mas nunca sairá vencedor na guerra que Viana deve travar pela sua afirmação como capital de distrito, como centralidade no Alto Minho, como pólo de atracção.
Viana do Castelo demorará muito tempo a recuperar o carisma de líder devido às vontadizinhas mesquinhas de um presidente que, assim, muito dificilmente ficará na história.