sábado, junho 21, 2008


Afinal em que ficamos?

Reproduzimos aqui declarações de Daniel Campelo que confirmavam uma estação em Ponte de Lima, no âmbito do projecto do TGV. No JN de 17 de Junho foi publicada uma notícia onde tal investimento não está previsto. Em que ficamos?
Eis o texto da notícia. O destaque é da nossa responsabilidade.

"A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) defende a construção de uma nova linha, em bitola europeia (mais estreita que a ibérica), entre Valença e o aeroporto Francisco Sá Carneiro. "Esta seria a solução ideal", afirmou o presidente da CCDR-N, Carlos Lage, sublinhando, no entanto que o estudo, ontem apresentado publicamente, aponta também para uma "solução faseada", com a construção de uma nova linha entre Valença e Braga e o aproveitamento da actual ligação entre Porto e Braga. "A solução faseada é mais suave do ponto de vista do financiamento, mas não será a possibilidade mais equilibrada em termos de exploração", frisou Carlos Lage. Para a solução de uma nova linha em todo o percurso, o estudo prevê a criação de estações em Valença, Braga e no aeroporto Francisco Sá Carneiro, além de um interface de mercadorias que permita a ligação à rede ferroviária convencional no eixo Braga/Nine. Esta linha tem custos estimados em 1,5 mil milhões de euros, dos quais 845 milhões para o troço Valença/Braga e 635 milhões para a ligação entre Braga e o aeroporto Francisco Sá Carneiro. A par da construção de uma nova linha, a ligação directa ao aeroporto será um dos pontos a defender pela CCDR-N junto do Governo. Um dos autores do estudo, Cadima Ribeiro, justificou esta opção referindo que "existe um forte crescimento do número de passageiros galegos que utilizam o aeroporto Francisco Sá Carneiro. No ano passado foram 400 mil, mais do que a soma dos três aeroportos da Galiza". Logo, acrescentou Carlos Lage, "não faz sentido não ter uma ligação em alta velocidade a partir do aeroporto e obrigar a fazer essa ligação em Campanhã". O estudo foi realizado pelo Núcleo de Investigação em Políticas Económicas da Universidade do Minho e pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto, e já foi enviado ao Ministério das Obras Públicas. O estudo indica que a construção da linha Porto/Vigo permitirá gerar 615 milhões de euros em benefícios sociais agregados. E, durante a fase de construção, estima que permita um incremento de cinco mil milhões de euros e crie cerca de 20 mil empregos directos e indirectos. Carlos Lage afirmou entretanto estar confiante na conclusão do traçado de alta velocidade entre Porto e Vigo até 2013, sublinhando que foi o compromisso assumido pelo primeiro-ministro. "