sexta-feira, setembro 28, 2007

(foto Diario do Minho)

Consumada a transferências das Finanças para novas instalações

O Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais presidiu no dia 24 de Setembro à inauguração das novas instalações das Finanças de Ponte de Lima, no edifício do Parque junto ao Hospital, tendo o Bispo de Viana presidido à cerimónia de bênção.

Trata-se da concretização de um anseio do Município, que se empenhou fortemente nesta transferência, ocupando agora os serviços de Finanças um edifício municipal, no piso térreo do parque de estacionamento situado junto ao Hospital.

Parece indiscutível que os serviços de finanças terão melhores condições nas novas instalações, designadamente ao nível da acessibilidade para portadores de deficiência e idosos que, agora, não têm que se confrontar com as íngremes escadarias das anteriores instalações.

Nunca ouvimos tal razão para a transferência, apesar de ser aquela que mais peso deveria ter na decisão.

Questionamos a metodologia, que pareceu assentar na viabilização de um empreendimento municipal, sem cuidar do abandono a ficará votada a zona de onde sairam os serviços. Por outro lado, a transferência de serviços públicos, do centro histórico ou suas imediações, para locais mais periféricos, tem sido uma das razões apontadas para a crescente desertificação e pouca atractividade daquela zona.

O Município não pode ser mais um agente económico no mercado, fazendo concorrência desleal e com grande diferença de meios, aos agentes instalados.

Esta forma de planeamento também não favorece o desenvolvimento equilibrado e sustentado da urbe. Cria multi- centralidades numa vila pequena e com poucos habitantes, dispersando os consumidores. Cria guetos e desertifica zonas que deveriam ser mais cuidadas e merecer uma atenção redobrada (estamos a falar da zona escolar).

Uma explicação da parte do município, relativamente a este processo, não seria mal vinda...

Nota: Este assunto foi já abordado por Nuno Matos no jornal "Alto Minho". Concordo em absoluto com a sua opinião. Estes curtos parágrafos mais não fazem do que corroborar e sublinhar a importância, pertinência e simbolismo desta questão.