O Pai do Quartel!

Alguma agitação precedeu a inauguração do Quartel dos Bombeiros Voluntários de Ponte de Lima, uma aspiração de longos anos da corporação que cumpriu no dia 25 de Setembro, 124 anos.

O Partido Socialista de Ponte de Lima reclamou alguns méritos na concretização da obra. E tem-nos!

De facto, foi um elemento do governo socialista, Ascenso Simões, que se comprometeu no dia do 120º aniversário dos Bombeiros, a incluir a obra do quartel no lote das elegíveis no âmbito do quadro comunitário de apoio.

No entanto, até essa data, muitos acontecimentos marcaram a história do quartel. Tudo começou há 11 anos, com a eleição do Dr. António Manuel Amorim da Silva para a presidência dos bombeiros. Foi ele que deu os primeiros passos, encetando contactos com as entidades nacionais e locais. Desses contactos, surgiu o despacho do Secretário de Estado Adjunto da Administração Interna, de 19/07/2001, que deu início ao processo. Dois meses volvidos, a 18 de setembro, o executivo municipal dava outra grande alegria aos bombeiros, cedendo o diretio de superfície do terreno onde nasceu a obra. Em 22/01/2002 é entregue pelo MAI ao arquiteto Miguel Gama a responsabilidade de elaboração do projeto.

Problemas burocráticos e políticos atravessaram-se depois no caminho do sonho dos bombeiros. Quem nunca esmoreceu foi o presidente da Direção, António Amorim, que chamou para os bombeiros a condução do processo, em colaboração com o Município de Ponte de Lima. Perante o descontentamento da Direção, de todos os bombeiros e do Município, Ascenso Simões, Secretário de Estado, deu à AHBVPL a prenda que mais ansiava na passagem dos 120 anos, o quartel. O projeto ficou totalmente concluído em 18 de Abril de 2008.

Em 6 de Janeiro de 2009, o  Município lançou a empreitada de construção do quartel, inaugurado no dia 25 de Setembro de 2011, pouco mais de dois anos volvidos.

Quando, em Março de 2009, António Amorim deixou a presidência dos bombeiros, o quartel era uma realidade, que demorou praticamente a totalidade dos 9 anos em que foi presidente a gerar.

Não há dúvidas sobre a paternidade do quartel, que teve excelentes padrinhos no governo e no Município, que nunca regateou esforços para o concretizar.

Pana foi que, na cerimónia de inauguração, não fosse feita a devida justiça aos fatos relatados, o que enobreceria quem teve o prazer e a honra de agora inaugurar a nova "casa" dos bombeiros.