domingo, dezembro 25, 2005

QUE TODOS OS DIAS SEJA NATAL. QUE O ESPÍRITO NATALÍCIO PERMANEÇA DENTRO DE NÓS.

Esta não é uma época como as outras. Mas devia ser. Ou melhor todas as outras épocas do ano deviam ser como esta. A amizade está em cada rosto, a compreensão preenche o espaço público, a solidariedade é o primeiro de todos os sentimentos. O espírito natalício é especial, e especiais são as pessoas no Natal. Que bom seria que, auqlea frase feita - "que seja Natal todos os dias" - se transformasse realidade e que os sentimentos desde sempre associados a esta época se estendessem por todos os dias do ano. O mundo seria melhor, todos seríamos muito melhores.

Poluição no Rio Labruja
Só não vê quem não quer. E pior do que o cego é aquele que não quer ver...
O Rio Labruja é, ciclicamente - e mais frequentemente do que se pensa - vítima de agressões ambientais, muitas deles provocadas por descargas oriundas das inúmeras pedreiras de Arcozelo. A índústria do granito é importante na débil economia do concelho de Ponte de Lima, empregadora de muitas famílias, expoente do artesanato local, etc., etc.
Mas, sem descurar estes aspectos, sem dúvida importantes, não podemos esquecer a outra face da moeda, também ela de enorme delicadeza para o concelho e para as suas gentes. O Ambiente. A degradação ambiental, tanto ao nível das águas como da paisagem é evidente e degrada-se ainda mais cada dia que passa. Só não vê esta realidade quem não quer. E só por falta de vontade política se pode compreender este deixa andar, este desleixo, esta incúria que, antes de mais, prejudica os empresários e todos aqueles que, dia após dia, trabalham o granito em condições pouco dignas e que, a qualquer momento, fruto desta fuga para a frente, poderão ficar sem o seu sustento diário.
Por isso, é necessário ordenar, criar regras, impor regras de higiene e seguranças no trabalho, regras de protecção ambiental e regras fiscais para que o bem comum gere também receitas para a sua protecção. Parece simples, mas quando a política se deixa sobrepor por outras lógicas, o resultado é mau para quase toda a gente, excepto para uns quantos ,muito poucos, que lucram muito e pagam pouco, à custa de uma das maiores riquezas do concelho de Ponte de Lima: o ambiente e a paisagem.

A PSP e Ponte de Lima
Foi tornado público na semana que agora termina um estudo que aponta para a possibilidade de encerramento das esquadras da PSP que servem comunidades com menos de 15 000 habitantes, entre aqs quais se encontra a de Ponte de Lima. Esta notícia sugere algumas reflexões:
- Nenhuma das localidades onde foram encerradas esquadras ou postos da PSP, viram melhorada, ou mesmo mantida, a qualidade e eficácia do policiamento;
- Os meios escassos, para a sua área de intervenção, da GNR em Ponte de Lima tornar-se-iam tremendamente insuficientes com a assumpção de responsabilidades também na zona urbana. Nem mesmo que os seus meios humanos e materiais triplicassem, a paridade do serviço relativamente à actualidade, estaria garantida;
- Esta sitaução seria profundamente agravada com a também anunciada intenção de encerramento dos posto da GNR de Lanheses que serve também freguesias do concelho de Ponte de Lima;
- Ponte de Lima tem uma estrutura e uma cultura urbana, sendo uma localidade em desenvolvimento e com uma zona urbana em clara expansão em termos populacionais e de área, centro de um eixo estratégico em termos de vias de comunicação, onde diariamente passam ou acorrem muitas centenas de pessoas. Por isso, não pode ser vista como um mero número (os tais 15 000), mas como uma realidade dinâmica que necessita de mais e melhores meios de segurança;
- A realidade rural do concelho é também muito complexa, com a sua dispersão e dimensão. 51 freguesias´onde urge velar pela segurança de pessoas e bens, face a desafios e problemas cada vez maiores e mais complexos é uma tarefas que todos devemos exigir e reclamar. Estes desafiosnão se resolvem com diminuição de meios e com alargamento das áreas de intervenção.
- Nesta, como noutras questões relativas à segurança das pessoas e bens, exige-se bom senso e ponderação. Ponte de Lima não pode permitir que esta hipótese seja sequer colocada.

Este problema exige uma resposta política e enérgica. Não é suficiente a resposta da Câmara Municipal propondo-se a largar a zona urbana para manter a PSP. É fundamental dizer frontalmente não e tomar medidas para tal. O que Ponte de Lima quer são mais meios para fazer face aos problemas actuais e, perante mais área de intervenção para a PSP, são necessários mais meios. Ponto final.
A Junta de Freguesia de Ponte de Lima também já tomou posição.