sexta-feira, março 11, 2005

Imposto Municipal sobre Imóveis - IMI

Em breve começarão a chegar a casa dos munícipes os avisos para pagamento do novo imposto municipal sobre imóveis, que ficará célebre como IMI. Este novo imposto veio substituir a contribuição autárquica e trará, com toda a certeza, muitas surpresas. Surpresas que advirão das reavaliações que serão efectuadas, do zonamento definido e, sobretudo, da taxa fixada pelo município e assembleia municipal - a máxima. Antes deveriam ser feitos estudos do impacto do IMI, avaliando as consequências práticas para o bolso dos munícipes. Mas nada disso foi feito, apenas se pensou nas receitas para os cofres municipais. As consequências serão imprevisíveis, mas invariavelmente desagradáveis.

Notas soltas

O novo edifício para o Turismo de Ponte de Lima está concluído. Já aqui referi o meu desencanto com a arquitectura e desadequação do mesmo para o local. Agora acho também que é desadequado para as funções. Devia ser um edifício de acesso fácil, simples e directo. Devia...
Parece um capricho, um ícone que pretende marcar uma era, qual pirêmide do Louvre. Choca, pela negativa e mais choca quando se pensa no que custou!

Por falar em custos, não podemos deixar de pensar nos jardins. Os que já estão prontos e em funcionamento e os que virão a entrar em breve. O rácio custo/benefício é tremendo. Era possível ter espaços verdes com custos de manutenção muito mais reduzidos. Não há, nem nunca houve fundos comunitários para pagar a manutenção dos espaços municipais. A factura está a ficar pesada e quando não houver fundos estruturais para investimento vai ser essa uma das áreas condicionadas para manter jardins, espaços verdes, estufas e demais espaços do município.

Gosto muito dos marcos toponímicos instalados em Ponte de Lima. Sóbrios, em material da região, bonitos. Em suma, dignos.

Foi bonita a cerimónia comemorativa do "Dia de Ponte de Lima". É bom elevar os nossos valores, a nossa história, cultura e património. É bom reconhecer o mérito. Apenas discordo da velha afirmação do Presidente da Câmara, lamentado "aqueles que criticam sem nunca nada terem feito pela sua terra". A democracia tem destas coisas. Uma deles, por muito que custe, é a liberdade de expressão. É precisamente a liberdade de expressão que permite ao Sr. Presidente criticar os críticos. É melhor aproveitar as críticas construtivas e pertinentes, venham elas de onde vierem, do que fomentar o autismo, talvez o pior dos defeitos.

Comentários: jocabrago@nortenet.pt