sexta-feira, março 31, 2006

O Centro Histórico e a Tolerância

Os fins de semana são o período aproveitado por muitos forasteiros para demandar Ponte de Lima, procurando fruir do bem-estar que lhe proporciona a nossa vila, o Rio Lima e as suas margens, a nossa gastronomia e artesanato. A zona ribeirinha é o espaço onde mais se nota a pressão de visitantes, sobretudo ao domingo.
Saber receber é, e deve ser sempre, uma das virtudes dos limianos. É fundamental criar condições para que cada vez mais pessoas nos visitem e que voltem a Ponte de Lima. Por isso, é com alguma apreensão que verificamos o excesso de zelo e rigor das autoridades policiais nos domingos limianos. Quem tiver más experiências ou situações desagradáveis não voltará. Fica a reflexão...

quinta-feira, março 30, 2006

A Capital do Vinho Verde

Reassumir o estatuto e pretígio perdidos é um dos grandes desígnios da Adega Cooperativa de Ponte de Lima. Após anos de permanência na sombra, e numa época em que o consumo de vinho está em decréscimo, a Adega Cooperativa de Ponte de Lima surge com uma imagem e uma dinâmica diferentes, lançando novos produtos e procurando guindar-se novamente ao patamar de Capital do Vinho Verde.
Quanto à deslocalização é que não houve boas notícias. Sendo uma via essencial para a viabilização económica da Adega, não ouvimos nem uma palavra de alento do Sr. Ministro da Agricultura, em recente visita a Ponte de Lima. Até 2007, nada! Depois de 2007, não sabemos.
Depois do logro da fábrica do queijo, a Adega vai continuar no campo das incertezas.

domingo, março 26, 2006

O fim dos Governos Civis

Anunciado há muito tempo, parece que se vai concretizar o fim dos Governos Civis, no âmbito da reestruturação da estrutura administrativa do Estado. Passarão a ser 5 estruturas localizadas nas sedes das Comissões de Coordenação.
O esvaziamento das suas funções, operado nos últimos anos, tornou os Governos Cívis estruturas sem sentido no campo administrativo, mas ainda são um dos mais importantes pontos de contacto entre o cidadão e a administração nos respectivos distritos. Com o seu encerramento, espera-se que não fique a administração reduzida a um endereço electrónico e que seja dada capacidades aos agentes locais de intervir, sempre que necessário, junto do Estado, sem necessidade de se deslocarem ao Porto ou de digitarem mensagens dirigidas a um endereço de e-mail.
A regionalização pode estar à vista. Parece que não há grande vontade de a colocar na primeira linha da discussão mas, com medidas como esta, está-se a "encaminhar" o País nesse sentido. Gostaria de ver novamente debatida a regionalização em Portugal, que julgo ser a via necessária para poder guindar as regiões menos desenvolvidas a patamares mais dignos. Não acredito no super-Estado centralista, gerido a partir da capital e, na maior parte dos casos, por gente de Lisboa que não conhece nem tem sensibilidade para as dificuldades da "província". Depois do que tenho visto, já não tenho dúvidas!
"África Minha"

Num ápice, eis que África se torna no centro das atenções municipais. Uma comitiva municipal visitou Huambo, na ex-colónia portuguesa Angola, ligada a Ponte de Lima através da presença marcante do General Norton de Matos, para encetar contactos diversos e estabelecer vias de cooperação no campo da educação e agricultura. (ver notícia)
Não nos podemos alhear daquilo que nos rodeia, sendo fundamental potenciar os contactos com outras regiões ou países em benefício do progresso e do desenvolvimento do capital humano das duas partes. Não posso, por isso, deixar de recordar as localidades espanholas e francesas com quem o município de Ponte de Lima está geminado, para afirmar que essas vias de amizade e cooperação têm constituído um enorme fracasso. Pouco mais do que nada tem sido feito nos últimos anos para aproximar essas localidades, para procurar benefícios, contactos e experiências aos nossos jovens, para proporcionar um verdadeiro intercâmbio a todos os níveis, alargando os horizontes das instituições, empresários e associações locais. Um logro, tem sido a actividade do município neste campo.
Surge agora Angola, com quem muitos limianos possuem fortes laços, pela via da sua presença naquele país, enquanto colónia portuguesa. A deslocação de uma comitiva municipal ao mais alto nível tem que significar o desenvolvimento de contactos e a procura de vias de cooperação entre as partes, unidas pelo grande património da Língua Portuguesa. Uma cooperação que se deve estender muito além do ensino e da agricultura, quiçã às áreas económica (atenção empresários limianos!), da cultura, do desporto e da administração pública. Só assim poderão os limianos entender o empenho do município e o peso institucional que deu a esta deslocação. Só o poderão entender se a atitude for diferente, daquela que tem presidido a posição de Ponte de Lima no contexto das geminações.

sábado, março 25, 2006

Um milhar de visitas!

Em cerca de dois meses, foram cerca de mil as visitas efectuadas a este blog, provavelmente o mais antigo dedicado a temas locais de Ponte de Lima e do Alto Minho. O interesse pela blogosfera cresceu significativamente nos últimos tempos, e tem sido explorada como um espaço de liberdade, de opinião e de debate. O progresso é tarefa de todos, e só com uma opinião pública activa, interventiva e com espírito crítico é possível aspirar a mais e melhor. O "Parar Para Pensar" surgiu há quase quatro anos e tem dado o contributo possível e desinteressado para o debate sobre temáticas limianas e alto-minhotas. Depois, outros surgiram, enriquecendo a ciber-democracia em Ponte de Lima. A todos, sem excepção saudamos. Nós, por aqui vamos continuar...

quinta-feira, março 23, 2006

COOPERAÇÃO INTER - FREGUESIAS

O Presidente da Junta de Freguesia de Gaifar afirmou, em entrevista a um semanário local, que a cooperação inter-freguesias tem funcionado bem entre Gaifar, Vilar das Almas, Sandiães e Calvelo. Prova disso é que o Jardim de Infância que serve aquelas localidades funciona em Sandiães, o Centro de Dia vai funcionar em Vilar das Almas e está em preparação um espaço desportivo inter-freguesias.
Aqui está um bom exemplo de racionalização de recursos e de entendimento liberto de bairrismos e rivalidades retrógradas. Assim é possível dotar o concelho de uma rede de equipamentos compatível com a realidade demográfica e com a escala necessária para que sejam viáveis técnica e financeiramente. Se grupos de freguesias se unirem segundo este ideal, facilmente poderão ter boas escolas, jardins de infância, centros de dia, equipamentos desportivos e culturais, etc., etc. evitando alguns exemplos degradantes de vultuosos investimentos que estão condenados ao fracasso, porque o umbigo dos responsáveis locais tinha que ser do exacto tamanho ou até maior do que o do vizinho. Perdeu-se dinheiro, muito dinheiro e, sobretudo, a oportunidade de servir bem as populações.

terça-feira, março 21, 2006

Educação de vanguarda

O futuro está na educação, ouve-se frequentemente nos mais diversos quadrantes. E é verdade, o futuro, o presente e o que de bom e mau tivemos no passado, teve como base a educação. Apostar na educação para o sucesso, combater o abandono e o insucesso escolar, formar cidadãos íntegros e competentes é um desígnio vital para o País, campo onde Portugal tem perdido muitos anos. Por isso é com natural satisfação que vemos duas escolas nacionais a serem recomendadas por um grupo europeu de investigadores como bons exemplos de combate ao insucesso e abandono escolares. São elas a Escola da Ponte, da Vila das Aves e a Escola Secundária de Monserratw, de Viana do Castelo. Depois da aposta na reestruturação da rede escolar, depois da melhoria das condições físicas das escolas e construção de novos centros escolares, depois do equipamento das escolas, o futuro está nos projectos inovadores e capazes de fazer face aos grandes desafios que a sociedade moderna nos coloca.

segunda-feira, março 20, 2006

BREVES

Nova Extensão de Saúde da Gandra
Foi adjudicada a obra da nova extensão de saúde de S. Martinho da Gandra. Trata-se de uma obra importante para para a zona Nordeste do concelho, que assim verá melhoradas as condições de atendimento às populações, numa área tão determinante como a saúde. Aqui, sem dúvida, devemos tirar o chapéu ao município, que sempre lutou por esta obra!

Os 96 anos do "Cardeal Saraiva"
Com passos seguros e a experiência da idade, caminha rapidamente para o centenário. Uma referência incontornável de Ponte de Lima e, sobretudo, da sua cultura que, espero venha rapidamente a re-centrar-se novamente nos ideais que o viram nascer: o concelho de Ponte de Lima e a defesa dos seus interesses.

Água e saúde pública
Foi aprovada no executivo municipal uma proposta de diminuição dos preços das taxas de acesso à rede pública de abastecimento de água. Segundo o Vereador da área, autor da proposta, "água é saúde pública".
Pois é, julgo que já todos sabíamos disso. Há muito tempo. Quem entendeu esse facto mais tarde foi mesmo o Município.

domingo, março 19, 2006

OBRIGADO, PAI

Obrigado, Pai pela vida!
Pelo cobertor que me aquece
Pelo tecto que me abriga
Pela Tua presença Amiga

UM BOM DIA PAI, UM BOM DIA A TODOS OS PAIS.

sábado, março 18, 2006

UMA COMUNIDADE DE TODOS OS ALTO-MINHOTOS!

Com as devidas adaptações, apetece-me afirmar como o faz tantas vezes o povo, que "não há mal que sempre dure, nem ferida que não se cure".
Um dos maiores erros históricos dos políticos do nosso distrito está prestes a ser corrigido. O Alto Minho vai ter uma única associação de municípios. Será, assim o esperamos, o fim das tricas, das politiquices, das rivalidades bacocas, dos narcisismos exarcebados, da política de quintal.
Unam-se as prioridades estratégicas como num passado recente se uniram as águas e como, no futuro, com toda a certeza se vão unir os lixos do Vale do Lima e do Vale do Minho. Lute-se contra os que contribuem para que o distrito de Viana do Castelo tenha problemas de interioridade à beira-mar, unindo-se pelo grande objectivo do desenvolvimento do distrito e da melhoria da qualidade de vida das suas populações, independentemente de quem lidera a comunidade ou de quem está no poder em Lisboa. Acabe-se com as disputas e rivalidades locais, que só tolhem a região e ajudam a fomentar o seu esquecimento pelos decisores.
Estabeleça-se desde já um pacto, um acordo para definir regras quanto à liderança e às prioridades estratégicas. Que a luta se centre nos desígnios e não nos lugares.
O único lamento vai para os motivos desta súbita convergência. É pena que não fossem as vontades dos Homens a determinar a união, mas sim a necessidade, ou melhor, a obrigação de o fazerem para acederem aos fundos comunitários do próximo Quadro Comunitário de Apoio.
Nesta guerra não há vencedores, mas há vencidos: aqueles que nunca quiseram dar este passo, aqueles que dizendo que ele devia ser dado nada fizeram para o dar, aqueles que sempre preferiram a distribuição das capelas em detrimento do desenvolvimento integrado do distrito.

Será este também um excelente momento para ressuscitar o Pacto para o Desenvolvimento do Minho, sob os auspícios da Universidade do Minho e da Associação Industrial do Minho.

PS. Comoveu-me o ar inocente e cândido de Defensor Moura, ao afirmar que sempre defendeu a fusão da Valimar e da Comunidade Intermunicipal do Vale do Minho!

quinta-feira, março 16, 2006

OS GRANDES EQUÍVOCOS

Até ver, arrisco-me a referenciar como grandes equívocos dos quatro mandatos de Daniel Campelo, no campo das obras públicas, o Mercado Municipal, o edifício do Turismo e a Feira do Gado. O Mercado Municipal com a sua arquitectura vanguardista de ruptura com o tradicional, com materiais inovadores que tornaram, por si só, a obra, no mínimo, discutível. Mas o pior é a falta de funcionalidade e de vocação para aquilo que efectivamente é – mercado. Depois das expectativas criadas, a frustração dos que investiram naquele espaço é enorme, não vendem, não têm clientela, os espaços são desconfortáveis e pouco convidativos a compradores. Muitas lojas estão permanentemente “às moscas” e outras devolutas. As dificuldades que são colocadas aos cidadãos portadores de deficiência motora ou mesmo aos mais idosos só vieram confirmar a falta de vocação pública do espaço. Um verdadeiro “bluff” nunca assumido nem remediado!
Já o edifício do turismo, vulgarmente apelidado de “micro-ondas” é uma obra de arquitectura que, e esta é uma opinião muito pessoal, nunca me agradou. O problema é que não está a servir para as funções para as quais foi delineada. Pouco acessível, pouca visibilidade da sua vocação, tornam-na triste e abandonada. Já tinha reparado que a loja de turismo de Ponte de Lima é ali, no micro-ondas?
Para finalizar a feira do gado. Sem colocar em causa a nobreza da actividade pecuária e a sua importância na economia do Alto Minho, julgo que não se coaduna com a nobreza do local encontrado para a Feira do Gado. Além disso, tendo em conta o movimento bovino e caprino da feira quinzenal de Ponte de Lima, está claramente sobredimensionada. Os certames que a autarquia se propõe realizar anualmente não justificarão tão grande dimensão, investimento e custos de manutenção, a sua polivalência para outro tipo de actividades ainda está por provar. Ainda é cedo para formular juízos definitivos, mas que não se augura retorno para o investimento, lá isso não.

quarta-feira, março 15, 2006

NAVEGANDO

A Villa Moraes já tem um site. E, tal como o seu motivo, este também deve ser visitado.
E, como não, o "nosso" clube está também no ciberespaço. E bem!

domingo, março 12, 2006

AÍ ESTÁ UM EXCELENTE DEBATE: O FUTURO DO CENTRO HISTÓRICO DE PONTE DE LIMA

Os últimos dias têm sido polvilhados por algumas intervenções públicas sobre o futuro do centro histórico de Ponte de Lima, um debate que se quer e deseja alargado e que deve ter um interveniente essencial: a Câmara Municipal. A Junta de Freguesia de Ponte de Lima definiu este tema como central para o corrente mandato, por entender ser este talvez o maior problema com que se debate na sua área de intervenção. Surgiram agora algumas vozes sobre o mesmo tema e, mais do que procurar quem tem ou não razão, mais do que argumentar ou contra argumentar, essencial é trazer o assunto para a primeira linha da actualidade, fazer um levantamento exaustivo dos problemas e dasafios daquele espaço da zona urbana e, sobretudo, projectar o futuro com as necesárias soluções.
Por estas razões, parece-me importante chamar a atenção novamente para uma projectada medida do município, para a zona histórica de Ponte de Lima: a limitação de estacionamento na Rua Inácio Perestrelo, Passeio 25 de Abril e Largo de Camões. Não pela medida em si, que não me levanta grandes objecções, mas por aquilo que ela poderá significar ou arrastar no futuro. A limitação de circulação e estacionamento no centro histórico de Ponte de Lima deve ter limites. E esses limites são os da acessibilidade, ou seja, a facilidade em chegar àquela zona e a facilidade de estacionar. Quando estas vantagens competitivas terminarem, termina a já reduzida vivacidade daquele espaço. E as consequências são muito nefastas. O grosso do tecido comercial limiano, o tradicional, está instalado na zona baixa da vila de Ponte de Lima. O ambiente é, actualmente, de crise: os serviços abandoram a "baixa" (excepção feita à Câmara Municipal), a concorrência nas zonas novas é grande, as médias e grandes superfícies (cada vez mais e maiores) secam tudo à sua volta. A depressão é tremenda, não há luz ao fundo do túnel, a tendência será para piorar ainda mais o actual estado das coisas. É fundamental manter o acesso e o estacionamento na zona baixa de Ponte de Lima, a todo o custo!
Como é fundamental revitalizar o centro histórico. Com medidas de atracção de pessoas, com atractivos que o tornem mais procurado, visitado e frequentado, não apenas ao domingo à hora de almoço mas durante todo o fim-de-semana e nos dias de semana.
Outro desafio enorme é o da desertificação e a degradação. A zona ribeirinha e os espaços tradicionais de Ponte de Lima estão muito degradados e desertos. A degradação crescente dos edifícios torna-os inabitáveis e, gradualmente, as pessoas procuram outras zonas e outras casas. Os programas de recuperação de habitação degradada devem ser mobilizados para este desígnio, os construtores limianos deveriam ser incentivados a investirem também na recuperação de habitações. Depois seria o momento de incentivar os jovens, sobretudo esses, a optarem por uma habitação no centro histórico. Seria aumentada a circulação de pessoas, seriam animados os estabelecimentos comerciais, dar-se-ia uma nova vida a Ponte de Lima. A actual política de expansão urbanística, além de fomentar o abandono das habitações do centro de Ponte de Lima, está a provocar uma grande rotatividade entre os mais antigos e modernos blocos de apartamentos, fomentando-se o aparecimento de blocos e zonas mais degradadas.
Voltaremos ao assunto...

sábado, março 11, 2006

MAU SERVIÇO E AUMENTOS DE PREÇOS

A água vai aumentar no Alto Minho. A ETAR está a ser afinada e, entretanto, derrama tudo para o areal e para o Rio Lima (as afinações são morosas); as estradas estão esburacadas por tempo indeterminado, sem sinalização e respeito pelos condutores e transeuntes, não há respostas às queixas. As “Águas do Minho e Lima” estão a prestar um serviço fantástico à população e, ainda por cima, não se coíbe de anunciar os aumentos para breve…
AS FEIRAS NOVAS SEGUNDO AMÂNDIO VIEIRA

“Feiras Novas 1826/2006” é o título da próxima obra de Amândio Vieira, que será apresentada por altura das comemorações dos 180 anos das festas do concelho, em Maio próximo. É uma lacuna na estante limianista que ficará preenchida e estou seguro que manterá a qualidade a que o autor nos habituou com outros trabalhos. Com esta obra, poderia a Associação das Feiras Novas inaugurar uma série de trabalhos sobre a mais castiça romaria do Alto Minho.

quarta-feira, março 08, 2006

NO DIA INTERNACIONAL DA MULHER, EM QUE A SUA PARTICIPAÇÃO NA VIDA POLÍTICA FOI TÃO BADALADA, CONSTATAMOS QUE, EM PONTE DE LIMA, O CENÁRIO É DESÉRTICO.

UM CAPITAL DE ESPERANÇA

Começam-se a dissipar as dúvidas e os temores (entre os quais os meus) sobre a viabilidade e a concretização do projecto "Cobra" (in Portugal Digital, uma dica de "Ponte de Lima"):

"ABDI inicia seleção de empresas brasileiras para 'cluster' tecnológico em PortugalAgência Brasileira de Desenvolvimento Industrial vai escolher 40 produtores de 'software' no Recife e em São Paulo. Os finalistas beneficiarão de incentivos na Europa".

Recife - A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) realiza hoje e amanhã, no Recife e em São Paulo, duas reuniões para iniciar o processo de seleção de 40 produtores brasileiros de 'software' que poderão vir a integrar um pólo tecnológico na região Norte de Portugal, beneficiando de incentivos do Governo português e da União Européia.Um consultor da ABDI garante, citado pelo "Valor Econômico", que a agência não está apoiando o crescimento econômico das empresas, mas sim a sua internacionalização. O projeto de seleção parte de negociações já realizadas há cerca de dois anos pela Cobra, empresa de tecnologias de informação do Banco do Brasil, com o Governo português.Ficou então acordado que seria criado em Ponte de Lima um pólo tecnológico liderado pela Cobra e no qual participariam outras empresas-âncora, mas até agora esse 'cluster' não avançou. As empresas que a ABDI vier a selecionar irão beneficiar de vários fundos e incentivos à operação em Portugal. O investimento calculado para a implantação do centro de produção de tecnologia e 'software' em Portugal, com 10 empresas no início, é de 36 milhões de euros

domingo, março 05, 2006

A limitação ao estacionamento na zona histórica de Ponte de Lima

A limitação ao estacionamento na zona histórica de Ponte de LimaFoi anunciada pelo Vereador do Trânsito, a intenção da Câmara Municipal limitar o estacionamento na Rua Inácio Perestrelo, Largo de Camões e Passeio 25 de Abril. A medida tem, obviamente, objectivos estéticos além do populista objectivo da devolução daqueles espaços aos peões.Concordo e apoio qualquer medida que vise melhorar a qualidade de vida das populações, que vise valorizar o nosso património, que procure melhorar o centro histórico de Ponte de Lima. Como entendo que esta medida tem esse objectivo, a ela, em consciência, não me posso opôr. No entanto, uma questão gostaria que ficasse bem clara. A zona de Ponte de Lima que mais tem sido prejudicada pelo alargamento desmesurado da zona urbana de Ponte de Lima, com o crescimento sem regras nem juízo da construção de habitação e, obviamente, comércio, tem sido o centro histórico, de onde sairam habitantes, serviços e, obviamente consumidores.Nesse sentido, é fundamental favorecer o acesso e a permanência das pessoas na "baixa" limiana, para que esta não seja um fenómeno de fim-de-semana, circunscrito ao espaço que vai do Largo de S. João à Avenida dos Plátanos, via Passeio 25 de Abril. Por isso, urge manter espaços de estacionamento, quiçã estacionamento temporário, com o apoio de parquímetros, e que o maisor parque de estacionamento de Ponte de Lima - no areal - se mantenha, embora com restrições que permitam, pelo menos, proteger a ponte românica.
PINCELADAS DE DESPORTO

Os Limanos continuam de vento em popa na Divisão de Honra Distrital. A campanha tem sido excelente tendo como base atletas limianos, equipa técnica limiana e uma direcção competente e unida. Perante uma eminente subida é fundamental manter estes princípios e, sobretudo, não abandonar o rumo da recuperação financeira do clube. Os problemas do passado recente ainda estão muito vivos na nossa memória...

Rogério Gonçalves voltou à Naval 1º de Maio e à I Liga. Está muito ligado a Ponte de Lima e à A. D. "Os Limianos" onde foi campeão nacional da 3ª divisão como treinador. Antes tinha representado o nosso clube como jogador. Boa Sorte.

A A. D. da "Correlhã" continua a sua caminhada na 3ª Divisão Nacional. Com dificuldades, mas com dignidade e sem loucuras. Pretigia o concelho e enche de orgulho os sesu adeptos.

Aos 46 anos de idade, entendeu bem quarenta e seis! o limiano Rui Martins continua a jogar futebol em campeonatos oficiais. É treinador-jogador do Vitorino de Piães e, diz-se, ainda tem velocidade para resolver muitos jogos. Um caso de longevidade, que nunca é demais sublinhar.

Ninguém fica indiferente ao drama de Jorge Andrade. Viu fugir-lhe, devido a uma grave lesão, a oportunidade de representar Portugal no Mundial da Alemanha. FORÇA, Jorge Andrade.
O DIA DE PONTE DE LIMA

A discussão em torno do feriado municipal de Ponte de Lima está de novo lançada. O deputado municipal Dr. Francisco Abreu Lima propôs a alteração da data de 20 de Setembro para 4 de Março, Dia de Ponte de Lima e aniversário da fundação da vila. Nada me move contra a mudança, apenas desejo um amplo debate sobre a mesma que deve merecer um vasto consenso no concelho.
Este ano não houve condecorações. Mas o programa foi interessante e com valor: inauguraram-se dois importantes equipamentos no campo da educação, desporto e lazer: o Centro Escolar da Ribeira e as Piscinas de Freixo. O Centro escolar está bem concebido, harmonioso na distribuição dos espaços e soube preservar a tradição com a recuperação do edifício primitivo da escola primária da Ribeira. Foi também apresentado a nova logo-marca de Ponte de Lima “Terra Rica da Humanidade”, uma nova forma de ver Ponte de Lima. Gostei. Foi inaugurada a galeria dos presidentes da câmara de Ponte de Lima, uma lacuna que agora está preenchida. Finalmente foi lançada uma nova obra, desta feita das poesias de Américo Carneiro, outro vulto das letras limianas, dando continuidade à mais bem sucedida área da actividade cultural de Ponte de Lima: A edição e recuperação das grandes figuras da cultura limiana. Um reparo, o preço não é acessível a todas as bolsas, quando a cultura, o conhecimento e a rica história de Ponte de Lima devem estar acessíveis a todos.
Esta obra, cuja organização esteve a cargo do Dr. José Cândido Martins, veio também confirmar os dotes deste limiano na recuperação das obras mais importantes das nossas letras. Um trabalho de grande qualidade e relevância que deve ser sublinhado e reconhecido, que surge depois do de António Feijó.
O Presidente da Câmara Municipal, Daniel Campelo, quando discursava na presença da Ministra da Educação sobre o reordenamento da rede escolar, afirmou ser a educação a primeira prioridade do município, à qual dedica 35% do seu orçamento, e insurgiu-se contra os cadeados e bandeiras negras – uma referência à Gemieira – sublinhando a sua concordância com a política do governo no campo do reordenamento da rede escolar. Esta é uma posição clara sobre esta questão, que está a merecer um largo consenso na sociedade limiana, designadamente por parte dos principais partidos políticos. Como se pode agora verificar, não havia razões para as afirmações dúbias e bi-polares do Município perante a contestação da Gemieira. Afinal concordam com o encerramento daquela escola que, na melhor das hipóteses, adiou por um ano o seu encerramento. Não posso, por isso, concordar quando Daniel Campelo admite a necessidade de encerrar escolas do 1º CEB e, ao mesmo tempo, admite reabri-las no futuro caso voltem a reunir as condições impostas pelo Ministério da Educação e as desejáveis para as crianças. Este processo não tem retorno, Senhor Presidente, tem como objectivo melhorar as condições de trabalho e aprendizagem das crianças e não se compadece com demagogias e interesses políticos locais.

sábado, março 04, 2006

MINHOTO DE EXCELÊNCIA

Fernando Pimenta foi galardoado nos troféus “O Minhoto”, um galardão que anualmente premeia aqueles que mais se destacaram no desporto da região do Minho. Ao mesmo tempo soubemos que o Fernando vai integrar a selecção nacional de juniores. Parabéns. É recorrente que o Clube Náutico de Ponte de Lima ganhe prémios e títulos, é também fundamental dizer que este é, actualmente, o clube desportivo de Ponte de Lima que mais promove o concelho e prova que, com condições de trabalho, com dirigentes empenhados, com instalações apropriadas e apoio oficial é possível sair da mediania em que, historicamente, nos temos situado no campo do desporto.

O QUE FAZER AOS EDIFÍCIOS DEVOLUTOS DAS ESCOLAS PRIMÁRIAS?

O Vereador do Partido Socialista, Montenegro Fiúza, propôs a reconversão dos edifícios escolares devolutos, em virtude do encerramento das escolas do primeiro ciclo. Na sua opinião, deveriam servir para dinamizar actividades culturais, sociais e cívicas.
Subscrevo a proposta de Montenegro Fiúza, com um pequeno acrescento: pequenos centros culturais, polivalentes, capazes de servirem como espaços para estudo acompanhado destinados aos alunos que tiveram que sair da sua freguesia para frequentar a escola. É uma forma de os manter ligados às suas raízes. Além disso, poderão estas infra-estruturas serem dinamizadas pelas associações locais – sedes, locais para ensaios ou reuniões e centro de convívio para idosos.