domingo, janeiro 29, 2006

NOTAS BREVES

Anibal Caçador deixou-nos. Com a sua partida ficou também um vazio na cultura limiana, onde era um dos que nos ajudava a gostar cada vez mais de Ponte de Lima. A simplicidade da sua obra, a mestria com que trabalhava no azulejo são, no entanto, a garantia da sua "permanência" entre nós.

Foi criada a Confraria do Sarrabulho. A sua acção será, assim os esperamos, fundamental para a certificação e a qualidade do Sarrabulho à Moda de Ponte de Lima, uma receita única que tão longe leva o nome desta terra. É que Sarrabulho há só um, o de Ponte de Lima e mais nenhum!

Ainda não está concluída a Carta Educativa dos concelhos da Valimar, documento orientador da educação neste espaço geográfico e que será decisiva para o ordenamento da rede escolar de Ponte de Lima. Ainda não existe Carta Escolar, mas já vão sendo construídos novos Centros Escolares. E, mesmo sem a dita, já alguns Presidentes de Junta dão como certa a construção de novos centros no seu espaço geográfico. Não andará o carro à frente dos bois, ou a Carta Educativa não passará de um instrumento que legitimará as decisões políticas (algumas bem más) do passado recente?
Em breve voltaremos a este assunto, que bem o merece!

A Comunidade Intermunicipal do Vale do Minho veio propor à Valimar a união dos dez municípios do distrito de Viana do Castelo, com os fundos comunitários como pano de fundo. Esta não é uma necessidade, é antes um imperativo. O que fica por saber é o que pensam realmente os autarcas do distrito desta questão. Além do que dizem publicamente, claro...

segunda-feira, janeiro 23, 2006

A VITÓRIA DE CAVACO SILVA

Tal como se previa Anibal Cavaco Silva é o novo Presidente da República. Desde o 25 de Abril, é o primeiro oriundo do espectro político do centro-direita. O povo português fez a sua escolha de uma forma clara, à primeira volta, sublinhando a importância de ter em Belém um Homem com grande experiência política, pretígio e conhecimentos que muito poderão ajudar o País e em particular o Governo a ultrapassar a grave crise em que Portugal está mergulhado.
Cavaco Silva venceu depois de uma campanha pela positiva, sem ataques pessoais, mas sofrendo violentíssimos arremessos dos seus cinco adversários de esquerda. Uma esquerda que separou Cavaco Silva dos outros candidatos através da diferenciação do bem e do mal, um maniqueísmo primário, um verdadeiro atestado de menoridade que tentaram passar aos portugueses. Com Cavaco Silva em Belém, não será o caos, como não foi com Jorge Sampaio ou Mário Soares.
Procuraram as esquerdas concentrar todo o mal que Portugal padece no presente na governação de Cavaco Silva, no período compreendido entre 1985 e 1995. Erro grave. Todos sabem e todos reconhecem que foram dez anos de desenvolvimento, progresso e melhoria das condições de vida dos portugueses. Tentou-se, isso sim, foi passar uma esponja pelo maior descalabro económico dos últimos 20 anos, chamado Governo Guterres, que tinha na sua equipa José Sócrates e que deixou o País no "pântano". Foi entre 1995 e 2002 que entraram para a função pública 100 000 novos funcionários, que agora pesam na máquina do Estado e que o Primeiro Ministro bem gostaria que a abandonassem.
Mas os portugueses têm memória...
Cavaco Silva é, agora, o Presidente de TODOS os portugueses.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

E QUÊ? HÁ?

Assistiu-se na passada quarta-feira a uma mega encenação que excitou os mais incautos e, provavelmente, decepcionou os mais atentos.
Dizia-se na terça-feira que a multinaciobal IKEA ia instalar em Ponte de Lima uma fábrica que abasteceria as lojas do grupo do Norte da Europa. Na quarta-feira, precisamente em Ponte de Lima, disse-se que Ponte de Lima era um dos 20 locais possíveis, em toda a zona Norte, para a instalação daquela fábrica. O administrador da multinacional em Portugal afirmou a uma televisão que nada sabia sobre a possível localização pois apenas naquele momento tinha recebido o dossier da mãos da API. O Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima fez, como lhe competia, a apologia das vantagens da proposta limiana.
O que poderia soar a estranho é o local escolhido para a assinatura do acordo da API com a IKEA. Um olhar atento poderá ajudar a dissipar as dúvidas. Mário Soares estava em Viana do Castelo. Numa evidente coincidência de agendas, que até possibilitou um jantar conjunto, José Sócrates numa acção do seu Governo veio a Ponte de Lima. Seria muito mais estranho, e até poderia ser mal entendido pelas outras candidaturas presidenciais, a apresentação daquele investimento em Viana do Castelo. Vai daí e apresenta-se ao lado, fazendo crer que até pode ficar no Alto Minho.
Só ficou por esclarecer o pepel do edil limiano...
Pode não haver IKEA em Ponte de Lima ou no Vale do Lima, mas que foi um belo número e um bom trunfo eleitoral, lá isso foi. Ou não?

domingo, janeiro 08, 2006

O 53º de "Os Limianos"

O mau tempo parece ter dissipado para os lados do Cruzeiro. "Os Limianos" navegam em águas tranquilas e festejaram o seu 53º aniversário num ambiente tranquilo mas entusiasta e mobilizador. A força da história e das suas velhas glórias foi o centro das comemorações, com a inauguração da sala de troféus e o lançamento de mais um número da sua revista.
O futebol também está no bom caminho. A formação está novamente a ganhar força e a confiança dos limianos, o futebol sénior continua a trilhar os caminhos da consolidação de um projecto assente nos jovens de Ponte de Lima. A paciência dos sócios e simpatizantes é fundamental nesta fase. Só com um trabalho a médio/longo prazo será possível construir um plantel competitivo e dentro das possibilidades financeiras do clube. Hoje o futebol está diferente. É necessário ter a noção das mudanças que sofreu o futebol, ao nível organizativo, administrativo e financeiro na última década, para encarar o futuro com optimismo.
Por outro lado, o ecletismo de "Os Limianos" deu mais um passo com a criação da secção de basquetebol, que assim se juntou ao hóquei em patins e ao futebol.
"O ALTO MINHO" E... OS OUTROS

Quase de uma assentada, o jornal "Alto Minho" comemorou o seu décimo aniversário e a publicação do seu número 500. Para um periódico regional, português e do distrito de Viana do Castelo, parece-me um facto digno de registo. O "Alto Minho" significou uma pedrada no charco da imprensa local do Alto Minho, assumindo uma atitude de diferenciação ao nível do conteúdo, do estatuto editorial e do espaço de implantação: todo o distrito. Após dez anos temos a certeza que valeu a pena e que O Alto Minho é um dos importantes pilares de que necessita Viana do Castelo para a sua afirmação.
E como se isto não bastasse, vamos ter jornal duas vezes por semana, à quarta-feira e sábado. Mais informação, mais opinião, mais Alto Minho.
No campo oposto surge o quinzenário "O Povo do Lima", a viver momentos difíceis no ano em que comemora 30 anos de publicação ininterrupta. É uma pena. Num espaço mediático tão reduzido como é o limiano, é com preocupação que assistimos à lenta agonia do mais genuíno periódico local de Ponte de Lima. Que os limianos, os amigos do jornal e aqueles que gostam de Ponte de Lima ajudem esta instituição a sobreviver, a ganhar um novo folego e mesmo a crescer e alargar a sua implantação no seu espaço natural.
BREVES

Festival de Jardins
O número de candidaturas à primeira edição do Festival de Jardins de Ponte de Lima ultrapassou largamente o número de espaços disponíveis (12). As reticências relativamente à viabilidade da iniciativa e do grande investimento realizado naqueles espaço parecem, por agora, dissipadas. A ideia dõ funcionamento em rede com outras estruturas europeias do mesmo género, parece boa e pode promover a circulação de apreciadores deste tipo de arte. Da mesma forma, a escolha do Director do festival foi acertada. Uma personalidade de prestígio, com vastos conhgecimentos e contactos aquém e além fronteiras, com capacidade para potenciar o festival. Questão a acompanhar em 2006.

Feira do Gado
Já aqui o referi e mantenho a mesma opinião. Para uma feira do gado, o Município não podia ter encontrado mais nobre local. De facto, se em Ponte de Lima algum espaço era menos adequado para aquele fim, era o que foi escolhido. Por outro lado, e a julgar pelas feiras que desde a sua inauguração decorreram, o mesmo parece claramente sobredimensionado. Não havia necessidade de tamanho aparato. No entanto, o mal está feito, mas também parece que ninguém se importou...